• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

fluuGols em clássicos, decisivo na classificação pela Copa do Brasil, artilheiro do time no ano... Não há dúvidas de que Nenê é o grande destaque deste início de temporada do Fluminense. Mas o time está longe de ter uma "Nenêdependência". Justamente nos dois jogos em que o meia não atuou, o Tricolor aplicou suas maiores goleadas em 2020: 5 a 1, tanto sobre o Bangu, quanto em cima do Madureira.

No último domingo, pela estreia na Taça Rio no Maracanã, Odair Hellmann poupou o camisa 77 junto com Henrique e Gilberto, de olho na partida contra o Botafogo-PB, quarta-feira, pela segunda fase da Copa do Brasil. O que possibilitou ao treinador fazer testes na escalação diante do Madureira: Marcos Paulo, Yago e Hudson voltaram ao time e deram resultado, e Wellington Silva manteve o nível na esquerda.


Marcos Paulo entrou no papel de meia de ligação, na função de Nenê, e distribuiu bons passes. Entre eles, a assistência para o terceiro gol do time. Ele ainda estufou a rede duas vezes em lances em que pressionou os defensores rivais, e melhorou quando passou a atuar como centroavante. Sem muito trabalho atrás, Hudson também se aventurou ao ataque e deixou o dele, enquanto Yago se movimentou bastante variando entre ponta e volante.

Além disso, Miguel voltou a ser utilizado pelo treinador depois de quase um mês e aumentou o poder de fogo do time ao ser acionado no segundo tempo. Foi dele, por exemplo, a assistência precisa para o gol de Hudson. Pacheco, que perdeu a vaga de titular, também entrou bem e criou algumas chances claras pelo lado direito. Na avaliação geral, Odair tem ótimas opções do meio para frente.


Para quem não viu o jogo, o placar não diz o que foi a partida. Contra um adversário fechado na defesa, o Fluminense jogou mal o primeiro tempo e pouco criou oportunidades de finalizar. Apenas Wellington Silva, que sofreu o pênalti do primeiro gol, conseguia alguma coisa em jogadas individuais, mas batia-cabeça com as subidas de Egídio, que muitas vezes ocupava o seu espaço.

A equipe melhorou na etapa final, e Odair tem razão quando fala que o placar poderia ter sido mais elástico, pois Marcos Paulo e Egídio perderam chances claras. Por outro ângulo, também poderia ter sido menor: dos cinco gols que o Fluminense fez, um foi uma falha grosseira do goleiro Douglas, e outro foi irregular, pois houve falta em um pisão involuntário de Marcos Paulo em Marlon.


Mas a principal preocupação é o time e a torcida não se iludirem. O Madureira apresentou uma enorme fragilidade e, exceto pelo gol, praticamente não atacou. Tanto que os volantes Hudson e Yuri passaram a jogar mais à frente, já que não tinham jogadores para marcar. Ainda é cedo para avaliar o Fluminense de Odair Hellmann para o nível mais alto do Campeonato Brasileiro.

Gol sofrido nos primeiros minutos de novo
Além disso, o time voltou a ser vazado no início dos jogos – desta vez, com só oito minutos de bola rolando – e pela bola aérea. Digão foi driblado pela "paradinha" na cobrança da falta e deixou Emerson Carioca entrar livre para cabecear cara a cara com Muriel, em lance que virou gol-contra de Nino.

 Briga por posições

Questionado sobre os volantes titulares, Odair disse que todas as posições estão em aberto na equipe. Neste cenário, Marcos Paulo, Yago e Hudson ganharam pontos com o treinador.

Pedido pela torcida, Hudson jogou em vaga aberta pelo muitas vezes contestado Henrique. Um não disputa posição diretamente com o outro, mas indiretamente eles são concorrentes, porque uma dupla de volantes com ambos perderia em velocidade e não vem sendo mais usada por Odair.

Ao dizer que tem quatro volantes no elenco, o técnico dá a entender que considera Yago como um meia. Embora não tenha tanto poder de marcação, ele tem mais virtudes de chegar à frente do que Yuri, que tem feito esse papel nos últimos jogos sem grandes contribuições.

E Marcos Paulo, por mais que tenha se saído bem como meia de ligação, teria uma disputa ingrata ao concorrer com Nenê neste momento.Ou na sua posição preferida, que é de centroavante, disputar com Evanilson. A solução pode ser a mudança de esquema para jogar com uma dupla de ataque.

O Fluminense se reapresenta na manhã desta segunda-feira e faz um treino fechado no CT Carlos Castilho. Pelo Campeonato Carioca, o Tricolor volta a campo no próximo domingo, quando receberá o Resende às 18h (de Brasília), no Maracanã. Antes, porém, o time de Odair Hellmann decide uma vaga na terceira fase da Copa do Brasil nesta quarta, às 19h15, em jogo único contra o Botafogo-PB.

 

 

GE

Foto: Lucas Merçon / Fluminense FC