O VAR no Brasil é uma piada. Longas paradas, erros mesmo com o auxílio do vídeo, desrespeito de jogadores e técnicos e chuva de pedidos de anulações de jogo por parte de dirigentes. O Avaí entrou nesta onda e também quer anular a derrota para o CSA, por 3 a 1, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. Vale tudo nos argumentos. Só não pede a anulação de jogos, o time vencedor.
"O clube vai entrar nesta terça-feira (8) com pedido de anulação da partida CSA x Avaí junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, por entender que houve erro na aplicação do protocolo do VAR naquele lance da marcação do pênalti, em prejuízo flagrante ao clube", diz parte da nota oficial do Leão.
O lance reclamado ocorreu aos 21 minutos do 2º tempo, quando Ricardo Bueno caiu na área e o árbitro gaúcho Anderson Daronco, da FIFA, deu pênalti, alegando empurrão no jogador do clube alagoano. A marcação só foi possível após consulta no árbitro de vídeo.
"O Avaí encaminhou no final da tarde desta segunda-feira (7), via Federação Catarinense de Futebol, à Comissão de Arbitragem da CBF, requerimento para ouvida do áudio do VAR no lance em que o árbitro Anderson Daronco foi convencido a mudar equivocadamente a decisão de campo e marcar pênalti em favor do CSA aos 21 minutos do segundo tempo, quando o jogo estava empatado em 1 x 1. Prejudicado neste lance, o Avaí acabou sendo derrotado por 3 x 1".
O técnico Alberto Valentim já havia criticado o lance e possível erro do VAR no último domingo que manteve seu time na vice-lanterna do Brasileirão.
"Sou 100% a favor do VAR. Foi mostrado para a gente que a margem de erro diminuiu muito. Mas existem algumas situações... Como essa, onde todo mundo fala que não foi pênalti e as pessoas que estão trabalhando diretamente dizem que foi. Se tem quatro ou cinco pessoas para ver o lance, nem precisa chamar o Daronco. O VAR está aí para ajudar e não para atrapalhar", esbravejou o treinador.
A Federação Catarinense de Futebol (FCF) também ficou ao lado do seu filiado e desceu a lenha no VAR.
"Defensora do uso da referida tecnologia, que surgiu para auxiliar a arbitragem e transformar o jogo mais justo e dentro das regras, a FCF não pactua com o seu uso para servir de pressão e escudo à fuga de responsabilidade das autoridades de dentro do campo. Se a regra do jogo permite interpretação, é injusto e absurdo que a decisão final esteja alocada a quem está longe do clima da partida imaginando ações e decidindo por pseudos movimentos, nem sempre concretizados em infrações", diz a nota da entidade.
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Foto:Cesar Greco/Palmeiras