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selbraDois dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, Pelé e Zico nunca foram campeões da Copa América. Símbolo de épocas em que o torneio de seleções não tinha tanta importância como agora. Para o Brasil de Tite, em 2019, ainda mais.


A decepção na Copa do Mundo de 2018, o fato de ser anfitriã, o jejum de 12 anos sem vencer o torneio e até a ausência de Neymar fazem com que a disputa que começa nesta sexta-feira, às 21h30, contra a Bolívia, no Morumbi, seja fundamental para seleção brasileira.

Tite
Há um ano, o Brasil chegava para a Copa do Mundo na Rússia em lua de mel com a torcida. O maior responsável por isso era Tite, procurado por diversas marcas para propagandas e figurando até em pesquisas para presidente da República – com boa citação.

Veio, porém, a derrota e a queda para Bélgica e, pós-Mundial, nada foi como antes. Nos amistosos, o Brasil penou, embora só tenha deixado de vencer um jogo – em empate com o Panamá. Uma decepção em casa pode pesar ainda mais e colocar Tite em xeque de vez.

Publicamente, o atual presidente da CBF, Rogério Caboclo, garantiu que o treinador está garantido até 2022, no Mundial do Catar. O próprio Tite disse que prioriza o desempenho ao resultado na Copa América, mas isso tudo no discurso. Será assim na prática?

O fator casa
Tite e os jogadores da seleção têm repetido insistentemente que o Brasil será mais forte em casa com o apoio da torcida e que, para isso, o time precisa corresponder em campo. Ser anfitrião, claro, é um peso, mas, na história, o país costuma se sair bem na Copa América.

A edição de 2019 será a quinta sediada no Brasil e, em todas as anteriores, o título ficou no país. Foi assim em 1919, 1922, 1949 e 1989 – as outras quatro de oito conquistas vieram em 1997 na Bolívia, 1999 no Paraguai, 2004 no Peru e em 2007 na Venezuela.

Mais recentemente, o Brasil também foi campeão como anfitrião da Copa das Confederações em 2013 e levou o ouro olímpico inédito na Rio 2016. Todos se lembram, contudo, do desfecho do Mundial de 2014, com o 7 a 1 diante da Alemanha no Mineirão.

Jejum
A lista de títulos do Brasil na Copa América para em 2007. São 12 anos sem ser campeão, em jejum que a seleção admite que incomoda, embora tente não deixar o peso grande demais.

“Historicamente, sim. Não dá para fugir da responsabilidade, claro que queremos (o título), mas temos que construir etapas. Temos que consolidar, evoluir, aprender”, disse Tite, que quer seu time “alegre”, apesar do jejum. “Tem que ter pressão, mas tem que ter o prazer.”

Apesar de longo, o hiato atual não é o maior da seleção brasileira na Copa América. O país ficou quatro décadas sem ser campeão, entre 1949 e 1989.

Fracassos sem Neymar
O corte durante o período de preparação fará que o Brasil chegue, mais uma vez, para compromissos importantes sem Neymar. Foi assim na Copa do Mundo de 2014 e também nas duas últimas Copas Américas, e o desfecho foi doloroso para a seleção.

No Mundial no Brasil, Neymar não pode estar em campo na semifinal contra a Alemanha depois de se lesionar nas quartas contra a Colômbia. Depois, veio a Copa América de 2015, e o astro acabou sendo suspenso por quatro partidas, expulso ainda na primeira fase. Dois jogos mais tarde, a seleção verde e amarela cairia diante do Paraguai.

Por fim, na Copa América Centenário, em 2016, Neymar sequer viajou para os Estados Unidos, priorizando os Jogos Olímpicos do Rio 2016. O Brasil não passou nem da primeira fase, caindo depois de três jogos, em desempenho que acabou custando o emprego de Dunga.

Já no último título conquistado pela seleção brasileira, a Copa das Confederações de 2013, Neymar estava em campo, assim como no ouro olímpico de 2016.

 

Espn