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O mandato de Alexandre Campello no Vasco pode terminar ainda nesta segunda-feira. Segundo apuração do GloboEsporte.com, o presidente pretende renunciar ao cargo caso o Conselho Deliberativo decida instaurar uma comissão de sindicância para investigá-lo.

A reunião que promete agitar ainda mais os bastidores do clube ocorre nesta noite, às 20h, na sede náutica da Lagoa.
Em pauta, está uma denúncia assinada por 60 conselheiros de que Campello não honrou acordou judiciais com 200 funcionários demitidos, o que causou um prejuízo de aproximadamente R$ 4 milhões ao clube. A diretoria nega.

Campello vê a situação como política, sabe que caso a sindicância seja aberta operações financeiras seriam inviabilizadas e aumentariam a asfixia do clube e quer se antecipar.

- Eu não sei o que vai acontecer. O Conselho vai decidir aquilo que, eu espero que decida o que é melhor para o Vasco. Até porque o que vai se discutir lá é inexpressivo. Quem não deve não teme. Estão investigando todos os documentos há um ano e meio e não pegaram nada. Eu vou entrar e sair da reunião sendo a mesma pessoa - disse Campello, em coletiva de apresentação do novo diretor executivo de futebol, André Mazzucco.

Uma reunião da diretoria está marcada para o início da tarde, onde Campello vai discutir com aliados a renúncia. Além disso, a ideia é alinhar a estratégia para enfrentar a reunião à noite. A situação, porém, é complicada: grupos de oposição, como Identidade Vasco e Sempre Vasco, já definiram que votarão a favor da abertura da sindicância.

O que acontece após a renúncia?

Em caso de renúncia, será necessária a convocação de novas eleições, já que o cargo de presidente ficou vago na primeira metade do mandato de Campello, como prevê o estatuto do Vasco. Se o afastamento ocorresse depois de 22 de julho, quem assumiria seria o primeiro vice-presidente geral, Elói Ferreira, membro do grupo Identidade Vasco.

Em carta publicada nesta segunda-feira, o grupo Sempre Vasco defendeu a realização de eleições diretas. Entretanto, com a renúncia, a nova eleição seria feita somente no Conselho Deliberativo. Até lá, quem assume o clube de forma interina é Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo.

 

 GE