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expeditoesarahAs constantes ausências da judoca piauiense Sarah Menezes nas convocações da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) ligaram o alerta de Expedito Falcão, técnico que projetou a atleta no Piauí. Na visão do treinador, os últimos resultados de Sarah, que voltou a lutar na categoria meio-médio (- 52kg), estão abaixo do esperado. Expedito listou soluções para a atual situação da campeã olímpica em Londres 2012, mas ponderou que o momento é "preocupante" para uma vaga na delegação brasileira para a Tóquio 2020.

  • Esse período que ela está no Flamengo, me desliguei totalmente dela. Ela deixou de ser minha atleta e passou a ser do Clube de Regatas Flamengo. Hoje, ela tem o técnico, que é o Frederico Flash e a Rosecléia Campos. Não influencio mais nos treinos dela. Esses seis meses ou mais que ela está lá (no Flamengo), os resultado dela não foram aquilo que esperava. Ficou bem aquém do atleta de talento, de quilate e do potencial que ela tem. É preocupante porque a cada dia a Olimpíada está mais perto - comentou Expedito.

  • Expedito afirmou que Sarah "tem que abrir os olhos".
  • Estamos a quase um ano da disputa. A atleta que está disputando com ela, a Larissa Pimenta, deu uma crescida no ranking e é uma atleta jovem, cheia disposição e que quer ir para a primeira olimpíada. Ela e o clube tem que abrir os olhos. Ela tem que começar a focar nos eventos internacionais, pontuar, subir no pódio e, se possível, fazer final. Porque isso na hora h é que vai contar – disse o treinador.

  • Expedito relembrou os anos em que projetou Sarah ao cenário nacional e disse que é comum a queda de rendimento do atleta logo após uma competição olímpica. Portanto, o fato de não estar mais próximo da judoca, nem mesmo treiná-la mais não o permite fazer uma análise mais precisa sobre a situação de Sarah. O treinador refletiu sobre o peso como um dos prováveis motivos da queda de rendimento da judoca, que lutava antes no ligeiro (- 48 kg).

  • Com certeza a atleta sente (ficar sem ser convocada). Ainda mais como a Sarah que era acostumada em subir ao pódio. Antes da Olimpíada de Londres, a Sarah foi a melhor atleta que ranqueou no clico olímpico de 2012, depois que ela foi campeã teve um ano mais ou menos e é uma coisa normal. Aí, depois é uma coisa natural dos atletas que são campeões olímpicos darem aquela recuada, e ela teve 2014 e 2015 fracos. O início de 2016 foi bom, onde ela saiu de 25° do ranking e chegou a ser 3° no mundial. Mesmo ela entrando na Rio 2016, era técnico dela ainda, mas ela estava no Rio e ia todo mês treinar com ela e acompanhá-la. Nisso, ela deu uma melhorada significativa - relembrou.

A última vez que Sarah Menezes subiu ao pódio foi em abril, no Pan-Americano de Judô em Lima, no Peru. Na disputa, a judoca garantiu a medalha de bronze, a primeira em 2019. O Pan de Judô foi a segunda competição do ano de Sarah na categoria meio-leve. Depois disso, a atleta viu seu nome fora da lista do Mundial de Tóquio e dos Jogos Pan-Americano de Lima, que acontecem de 26 de julho a 11 de agosto.
Após a última disputa e pódio, Sarah atualmente, ela é a 43ª colocada na categoria até 52kg.

  • A Sarah é uma atleta que, estando nas minhas mãos, confio muito. Eu dando treino, orientando e sabendo o que ela está fazendo, confio muito. Ela é uma atleta que tem o potencial acima da média, tanto que ela não é campeã olímpica à toa. Ela não é tetracampeã pan-americana à toa. O currículo dela é extenso – finalizou o treinador.

GE PI

Foto: Wenner Tito