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O Conselho da Fifa vai se reunir nos dias 14 e 15 de março, em Miami, para tomar três decisões.

Aprovar ou não a antecipação em quatro anos do aumento de 32 para 48 seleções participantes da Copa do Mundo, já a partir da edição de 2022, no Catar. A mudança já está garantida para o Mundial-2026, com sedes nos Estados Unidos, no Canadá e no México, mas não conta com apoio do país-sede de 2022, o Catar, que se posiciona contrário à ideia de ter de dividir a organização com outros três ou quatro países, entre eles, a China e a Arábia Saudita;


Aprovar ou não a proposta de um consórcio liderado pelo conglomerado financeiro SoftBank, do Japão, de criação de um novo Mundial de Clubes quadrienal, a partir de 2021, em anos ímpares. Também serviria como evento-teste para as Copas do Mundo, em substituição ao Mundial atual e à Copa das Confederações;
O mesmo consórcio liderado pelo SoftBank, com apoio de investidores de Estados Unidos, China e Arábia Saudita, também propôs à Fifa a criação de uma Liga Mundial de Seleções, que seria disputada a cada quatro anos, em anos olímpicos (pares). Para isso, ofereceu US$ 25 bilhões (o equivalente a R$ 93 bilhões) pelos dois projetos e teria 51% de participação nas receitas e no controle dos eventos.


Desde junho do ano passado, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, tenta aprovar esses três projetos junto ao Conselho da Fifa, mas esbarra também em diferentes pontos de rejeição. Em relação ao novo Mundial de Clubes e à Liga Mundial de Seleções, o principal opositor é a Uefa, que enxerga nos dois eventos concorrência direta e esvaziamento da Liga dos Campeões da Uefa e da recém-criada Liga das Nações.

Nas duas reuniões do Conselho da Fifa, realizadas em junho, em Moscou (Rússia), e em outubro, em Kigali (Ruanda), os assuntos acabaram não entrando em votação por falta de consenso dos membros. Por causa disso, o Conselho propôs o prazo final de março deste ano para examinar o tema da Copa do Mundo-2022 com 48 seleções, em vez de 32, do novo Mundial e do fim da Copa das Confederações.

Os sul-americanos da Conmebol já se manifestaram a favor das propostas, a pedido do próprio Gianni Infantino, de quem a Conmebol é aliada e 100% apoiadora.

Infantino tem visitado diferentes continentes em busca de apoio para se fortalecer na reunião do Conselho. Semana passada, de 6 a 10 de janeiro, num tour pela África, visitou Guiné-Bissau, Senegal, Togo, Mauritânia, Benin e Burkina Faso. Em todos os países falou sobre a importância de a Fifa tentar antecipar para 2022 o aumento do número de participantes da Copa do Mundo.

Isso também é uma jogada eleitoral do dirigente, até o momento, candidato único na eleição de 5 de junho próximo para a presidência da Fifa. O prazo para o lançamento de candidaturas terminará a 5 de fevereiro.

 

GE