Há duas semanas no comando do Santos, o técnico Cuca recebeu o Globoesporte.com para uma entrevista exclusiva no hotel onde a delegação está hospedada em Belo Horizonte. Sem tempo para treinar, mas extremamente confiante, o técnico explicou como está tentando tirar o Peixe da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
Antes, nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), o Santos enfrenta o Cruzeiro no jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, no Mineirão – na ida, na Vila Belmiro, a Raposa venceu por 1 a 0 e agora joga pelo empate. Mais uma situação complicada para o novo técnico santista...
– Tem que ter perseverança acima de tudo. Perserverança. Ter um caminho e saber que esse é o caminho, por mais difícil que seja – disse.
Cuca também falou sobre a fase do Santos, que não vence há dois meses – o que precisa fazer nesta quarta –, porque aceitou o desafio de pegar um time em crise e, claro, superstição.
– Como é que você sabe que eu sou supersticioso? (risos)
GloboEsporte.com: Por que você topou ser técnico do Santos sabendo da situação em que o time se encontra?
Cuca – O Santos foi um dos pouquíssimos lugares em que eu não fiz um bom trabalho. Eu passei 40 dias no Santos e, naquela ocasião (2008), eu não estava em condição de ajudar e falei para o Marcelo Teixeira (presidente na época): "Eu não vou poder continuar te ajudando, estou cansado, preciso sair". Eu voltei porque tinha uma dívida com o torcedor do Santos, comigo mesmo. Este ano eu confesso que está trabalhoso, está difícil o trabalho, mas eu sabia que iria ser difícil no começo. E que a gente está no caminho certo. Eu tenho muita confiança de acabar o ano bem. E por que não ir longe, não conseguir um título? Eu sei que o começo é difícil, mas não me apavoro e tenho total confiança de que nós vamos sair dessa.
No domingo, contra o Atlético-MG, ficou evidente o desgaste da equipe , ainda mais no segundo tempo. Você pensa em poupar jogadores nessa situação?
– A gente já está vivendo essa intensidade de jogos decisivos. A posição em que o Santos está hoje, 17º no Brasileiro, é muito difícil de ser administrada, por ser um time grande que não é acostumado com esse tipo de situação. Na quarta, jogamos com o Cruzeiro (pela Copa do Brasil), depois voltamos a jogar no sábado, com o Sport. E viajamos no domingo para jogar na terça-feira a primeira (partida das oitavas de final, contra o Independiente) na Libertadores. São todos jogos difíceis, né? Você vai, dentro do possível, trabalhando junto com o departamento físico e fisiológico, vendo o que é melhor, respeitando cada jogador, cada situação. Então, a gente não tem ainda uma definição para o jogo do Cruzeiro, que pode ser reversível. Independente do time que vai jogar, a gente tem que ter confiança para poder fazer um bom jogo e, quem sabe, passar adiante.
Nessas duas semanas de trabalha você já conseguiu identificar qual é o problema do Santos?
– Não. Quando você está atrás, como a gente está, não existe um problema. Existe um montante de situações que o levam a essa situação, mas você tem que trabalhar. Tem que ter perseverança acima de tudo. Perserverança. Ter um caminho e saber que esse é o caminho, por mais difícil que seja. As derrotas vão acontecer, como aconteceu no domingo. Um jogo que nós fizemos até relativamente bem até grande parte do segundo tempo. Jogar ao meio-dia contra um adversário que não havia tido um desgaste durante a semana nem de jogo nem de viagem acabou fazendo a diferença. Mas recuperamos bem e acho que vamos estar numa condição melhor.
Que avaliação você faz sobre o elenco do Santos?
– Acho que o Santos tem um time bom. Tem um elenco bom. São três frentes em que a gente está envolvido, Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro. Lógico que é um time jovem, é um elenco jovem, que a gente tem que ter paciência. Não adianta você cobrar exacerbado em cima de alguns jogadores, se não acaba perdendo ainda mais a confiança. Eu vejo que uma vitória, duas vitórias que você tenha na sequência vão dar a autoconfiança de que esses meninos precisam. E cada jogo que vem é uma oportunidade de poder vencer.
Sobre confiança, o elenco se sente muito pressionado por estar na zona de rebaixamento do Brasileirão?
– Lógico que sente, porque não é um costume o Santos frequentar essa zona de rebaixamento. Mas eles são profissionais, eles sabem que é assim que funciona. Agora tem um turno inteiro pela frente, tem muito chão ainda para ser percorrido, por isso que eu bato na tecla de que tem que ter um rumo, tem que ter um caminho. Com você estando no caminho certo, as coisas vão se encaminhar logo.
Como é o seu trabalho para tentar devolver a confiança aos jogadores?
– Faz muito tempo que a gente não sai na frente, né? Muito tempo.... Tem sete, oito partidas também que não vence. Tudo isso pesa. Mas cada jogo é uma oportunidade, como eu falei, que você tem de mudar. E futebol é muito dinâmico. Hoje você está numa situação ruim, mas é muito pequena a diferença entre o décimo colocado para a zona do rebaixamento (quatro pontos após 18 rodadas). São duas vitórias. A gente tem dois jogos em casa, se voce for pensar em Brasileiro, o Sport e o Bahia. O que a gente precisa hoje mais do que tudo é do torcedor. O torcedor tem que entender esse momento delicado que a equipe vive e abraçar. Porque é um time jovem, e é o time dele. São os meninos do Santos.
No domingo, contra o Atlético-MG, ficou evidente o desgaste da equipe , ainda mais no segundo tempo. Você pensa em poupar jogadores nessa situação?
– A gente já está vivendo essa intensidade de jogos decisivos. A posição em que o Santos está hoje, 17º no Brasileiro, é muito difícil de ser administrada, por ser um time grande que não é acostumado com esse tipo de situação. Na quarta, jogamos com o Cruzeiro (pela Copa do Brasil), depois voltamos a jogar no sábado, com o Sport. E viajamos no domingo para jogar na terça-feira a primeira (partida das oitavas de final, contra o Independiente) na Libertadores. São todos jogos difíceis, né? Você vai, dentro do possível, trabalhando junto com o departamento físico e fisiológico, vendo o que é melhor, respeitando cada jogador, cada situação. Então, a gente não tem ainda uma definição para o jogo do Cruzeiro, que pode ser reversível. Independente do time que vai jogar, a gente tem que ter confiança para poder fazer um bom jogo e, quem sabe, passar adiante.
Nessas duas semanas de trabalha você já conseguiu identificar qual é o problema do Santos?
– Não. Quando você está atrás, como a gente está, não existe um problema. Existe um montante de situações que o levam a essa situação, mas você tem que trabalhar. Tem que ter perseverança acima de tudo. Perserverança. Ter um caminho e saber que esse é o caminho, por mais difícil que seja. As derrotas vão acontecer, como aconteceu no domingo. Um jogo que nós fizemos até relativamente bem até grande parte do segundo tempo. Jogar ao meio-dia contra um adversário que não havia tido um desgaste durante a semana nem de jogo nem de viagem acabou fazendo a diferença. Mas recuperamos bem e acho que vamos estar numa condição melhor.
Que avaliação você faz sobre o elenco do Santos?
– Acho que o Santos tem um time bom. Tem um elenco bom. São três frentes em que a gente está envolvido, Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro. Lógico que é um time jovem, é um elenco jovem, que a gente tem que ter paciência. Não adianta você cobrar exacerbado em cima de alguns jogadores, se não acaba perdendo ainda mais a confiança. Eu vejo que uma vitória, duas vitórias que você tenha na sequência vão dar a autoconfiança de que esses meninos precisam. E cada jogo que vem é uma oportunidade de poder vencer.
Sobre confiança, o elenco se sente muito pressionado por estar na zona de rebaixamento do Brasileirão?
– Lógico que sente, porque não é um costume o Santos frequentar essa zona de rebaixamento. Mas eles são profissionais, eles sabem que é assim que funciona. Agora tem um turno inteiro pela frente, tem muito chão ainda para ser percorrido, por isso que eu bato na tecla de que tem que ter um rumo, tem que ter um caminho. Com você estando no caminho certo, as coisas vão se encaminhar logo.
Como é o seu trabalho para tentar devolver a confiança aos jogadores?
– Faz muito tempo que a gente não sai na frente, né? Muito tempo.... Tem sete, oito partidas também que não vence. Tudo isso pesa. Mas cada jogo é uma oportunidade, como eu falei, que você tem de mudar. E futebol é muito dinâmico. Hoje você está numa situação ruim, mas é muito pequena a diferença entre o décimo colocado para a zona do rebaixamento (quatro pontos após 18 rodadas). São duas vitórias. A gente tem dois jogos em casa, se voce for pensar em Brasileiro, o Sport e o Bahia. O que a gente precisa hoje mais do que tudo é do torcedor. O torcedor tem que entender esse momento delicado que a equipe vive e abraçar. Porque é um time jovem, e é o time dele. São os meninos do Santos.
GE