Em meio à explosão de problemas envolvendo a Copa 2014, José Maria Marin transformou a seleção brasileira como escudo para se proteger das críticas à organização do evento.
Provas da estratégia são as declarações dele publicadas na edição desta quinta da Folha de S.Paulo, na coluna Painel FC. O presidente do COL diz que não participou da decisão da Fifa de evitar discursos na abertura do Mundial. E que o fato de Dilma Rousseff não discursar é um problema da presidente. “A minha preocupação é a seleção. Assunto meu é a seleção”, disse o cartola. Quem lê pensa que ele não é o chefe do comitê organizador. E que o dirigente não tem a ver com atrasos em obras em estádios e críticas da Fifa à organização.
Seria melhor, então, ele entregar o cargo a quem se envolva com tais problemas, como se envolviam os presidentes dos comitês das Copas da África do Sul, Danny Jordan, e da Alemanha, Franz Beckenbauer. Ambos só falavam de suas seleções ao serem indagados pela imprensa.
Fica claro com o gesto de Marin que a conquista do hexa é tábua que o cartola já enxerga na água para se salvar de um eventual naufrágio da organização da Copa. O problema é que o título pode não vir, provocando diversos afogamentos.
Uol