O valor da renda da abertura  do Campeonato Piauiense de Futebol,  temporada de 2014, partida entre Cori-Sabbá e Flamengo realizada no dia 25 de janeiro passado, e que segundo informações teria sido de cerca de R$ 16.000,00 para pouco mais de 1.100 pagantes, ainda é motivo de comentários entre parte dos torcedores, pois o que se fala é que o número de torcedores seria de cerca 2.000.

Muitos  torcedores, após terem conhecimento da  renda não gostaram nem um pouco das informações repassadas que seria de cerca de R$ 16.000, para alguns, pouco valor para a quantidade de pessoas presentes e passaram a fazer indagações. O presidente do Cori, José Bruno Filho, procurado pela reportagem do piauinoticias.com resolveu se manifestar e esclarecer alguns pontos.

A representação florianense ganhou a partida do final de  semana  fora de casa por 2x1, contra o time do 4 de Julho, equipe da cidade de Piripiri, com isso, espera-se um grande  número de torcedores no próximo sábado, 8, quando o Cori joga em casa, com jogo marcado para as 20:00h.

Numa entrevista o presidente do Cori-Sabbá, desportista José Bruno Filho, numa das indagações é que o número de torcedores no Estádio, independente da quantidade que tiver vendo um  determinado jogo, não passa de 1.200 no Estádio Tiberão.

Sobre essa colocação o presidente do Cori respondeu.
-Não é que não passe de 1.100 ou 1.200 torcedores. O que acontece é que muita gente entra de graça. A Federação  tem cerca de 50 ingressos como cortesias que não são computados com o público presente e eu pude observar dentro do Estadio que existem facilidades com portões abertos, fato que eu não tinha observado ainda, mas agora nós vamos controlar. Tem pessoas que deixam os torcedores entrar sem pagar, sem passar pela frente.

Prejuízo
-Então, o fato de muita gente entrar sem pagar se tornou uma coisa que está causando prejuízos para a equipe do Cori-Sabbá. Mas vejo que o Estádio não pega a quantidade de gente que se pensa. O Estádio Tiberão não estava lotado, deveria ter cerca de 1.500 pessoas, mas só que mais de 200 pessoas, em minha opinião, entraram de graça.

Controle
-Nós vamos tentar controlar isso aí, pois futebol é caro, a gente investe e tem jogadores que estão na equipe a aproximadamente um  mês. Passagens de jogador quem  paga somos nós, isso, sem ter tido nenhum recurso ainda. A alimentação, aluguel da casa do atleta e outras despesas somos nós que pagamos. Nós adiantamos recursos para o Cori-Sabbá para cobrir algumas despesas.


Resultado financeiro
-O Cori-Sabbá nunca deu para nós nem um  centavo de lucro,  somente prejuízo. Deixo bem claro que a participação do Clube no ano passado foi a que  deu menos prejuízo, mas teve sim um  saldo negativo. Em 2010  tivemos  um prejuízo de R$ 56.000,00 pois o senhor Mauricio Miranda, que gerenciava essa parte financeira, hoje secretário de Esporte, sabe perfeitamente e tem  documentação sobre isso.

Gerenciamento
-Eu estou tomando a frente da administração, pois um  time de futebol não é feito para dar prejuízo. Há problemas de gerenciamento e daqui pra frente  vamos tentar controlar essa evasão de público e de renda porque isso é prejudicial para o futebol e para os interesses da gente.

Repasses
-Recebemos as primeiras parcelas dos recursos  prometidos. Uma parcela do Dr. Valdecy Cavalcante que é para custear as viagens do Cori (despesas de hotéis e transportes), pois não sabemos se a Prefeitura vai bancar pelo menos com os transportes, mas vamos atrás. São sete viagens que faremos e elas terão um curso de R$ 35.000,00.  O Dr. Valdecy está patrocinando com R$ 24.000 em três parcelas, sendo que ele repassou a 1ª e nós já adiantamos vários salários de jogadores. A Prefeitura que nos confirmou um valor, só vai nos repassar a primeira parcela em 10 de fevereiro, sendo que deve ser repassado para o ano todo  R$ 150.000,00, valor que deve ser inclusive para a Copa do Piauí.

O presidente José Bruno, ainda na entrevista,  disse que a folha de pagamento do Clube é de aproximadamente R$ 40.000,00 e que os recursos que a  Prefeitura vai repassar não dá se quer, para a folha. E colocou,  “as pessoas especulam o que não conhece e essas deveriam procurar conhecer a situação”.

Ainda segundo José Bruno, a representação do Cori-Sabbá tem uma dívida com Ele (Bruno) que não vai pagar nunca e acrescentou que gosta do que faz,  que não aceita especulações e enfatizou finalizando,  “as pessoas desconhecem os procedimentos e de  quanto custa um  time de futebol profissional, mas estou aqui disposto e se algum empresário de Floriano que esteja lendo essa matéria e que tenha interesse em manter um  time de futebol, eu entrego de imediato. O que não vou deixar é o futebol acabar e vou acompanhar de perto”.

José Bruno desabafou ao final, afirmando que tem procurado honrar as contas do time e que vai sanar algumas ainda do ano passado. 

Da redação

IMAGEM: piauinoticias.com