Precisando muito mais do resultado, o Atlético-GO foi o time que procurou o ataque desde os minutos iniciais da partida, porém, com muito mais insistência do que com contundência. As principais jogadas puxadas pelo lado esquerdo, com Juninho, acabaram tendo finalizações precipitadas em função da ansiedade e foram facilmente freadas pela zaga do time paulista.
Mesmo mais ativo no ataque, o Dragão goiano sentiu que o rival era perigoso, principalmente depois que o atacante Jheimy, do Rubrão, aos 12 minutos, arriscou de fora da área um chute cheio de curva, o goleiro Márcio desviou , e a bola explodiu na trave direita do time goiano.
Após a saída do meia João Paulo, contundido, aos 28 minutos, o Atlético começou a perder o meio de campo e a ser pressionado. A blitz do Oeste que surtiu efeito aos 31 minutos: o lateral direito Eric cobrou falta da esquerda, em direção ao gol de Márcio, e o zagueiro Paulo Henrique desviou contra o próprio gol: 1 a 0 para o Rubrão.
Neste momento, o clima de ansiedade aumentava para o Dragão, pois o Guaratinguetá empatava seu jogo com o Paraná e essa combinação de resultados rebaixava os goianos para a Série C antes mesmo da última rodada. O Oeste se aproveitou disso e trocou bolas com inteligência para fazer o tempo passar e ir para os vestiários na frente do placar e com sua vaga na Série B garantida para 2014.
Reação a jato e fulminante
Para a segunda etapa, as duas equipes vieram com alterações: no Oeste, o técnico Luís Carlos Martins tirou de campo dois jogadores que estavam com cartão amarelo (Marcos Paraná e Memo) e colocou Paulo Vitor e Pablo; no Atlético, o técnico Gilberto Pereira tirou um lateral (Danilo Alves) e colocou um meio-campista (Régis) na tentativa mudar a postura de seus atletas e mandar seu time para o ataque.
E, para o Dragão, a mudança surtiu efeito logo aos 6 minutos: em sua primeira participação, Régis lutou por uma bola perdida e ganhou escanteio. Na cobrança curta, Fábio Lima recebeu na intermediária direita e soltou uma bomba, no ângulo, sem chance para o goleiro Fernando Leal: 1 a 1.
Dois minutos depois, Fábio Lima, de novo da intermediária direita, mandou outra bomba, desta vez bem defendida por Fernando Leal. Era o sinal de que o Dragão estava diferente. Aos 12 minutos, veio a confirmação: Juninho fez jogada individual pela direita, invadiu a área e chutou alto. A bola bateu no travessão e na trave direita de Fernando Leal antes de entrar e decretar a virada do Atlético: 2 a 1.
E antes mesmo de 20 minutos de bola rolando na segunda etapa, a reação virou goleada, e com direito a um herói: Fábio Lima, que voltou a marcar mais duas vezes, aos 17 e aos 19 minutos. No primeiro lance, pegou rebote de fora da área e chutou firme, no canto de Fernando Leal; no segundo, em contra-ataque, invadiu a área, driblou o goleiro e tocou para o gol vazio: 4 a 1 para o Dragão.
O técnico Luís Carlos Martins admitiu seu erro nas substituições e trocou o meia Paulo Vitor, que só jogou 18 minutos, pelo atacante Bruno Batata, na tentativa de evitar sua primeira derrota no comando da equipe. O Rubrão foi todo ao ataque, ainda diminuiu o placar, aos 34 minutos, com Piauí, que cobrou falta e contou com a falha do goleiro Márcio, mas o Dragão soube controlar a partida nos minutos finais para sair de campo com a vitória por 4 a 2 e a esperança renovada de decidir sua permanência na Série B na última rodada.
Fonte: globoesporte.com