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frezzerSe você costuma sentir frio nas noites de inverno no Brasil (em qualquer região), imagine o que é ficar sem camisa, de bermuda, e com um pano no rosto apenas, dentro de uma cabine a -140graus.

 

Três ginastas brasileiros passaram exatamente por essa experiência na semana passada. Na cidade de Kienbaum (ALE), Petrix Barbosa, Sergio Sasaki e Péricles da Silva se 'arriscaram' em um 'frigorífico' a -160 graus, dentro de um Centro de Treinamento, usado para tratamento de pequenas dores e lesões no corpo.

 

O método é exatamente igual a uma aplicação de gelo em uma lesão, por exemplo. A diferença é que este tipo de tratamento atinge o corpo inteiro de uma só vez. Por conta da temperatura baixíssima, os atletas ficam somente dois minutos e meio, e passam por uma 'aclimatação' antes – 15 segundos a -14 graus e depois mais 15s a -60 graus.

 

"São dois minutos e meio que parecem 18 minutos. É angustiante. Parecia que o cérebro ia congelar, era incrível. A perna começou a endurecer, o quadril endureceu. Você não pode ficar parado, tem que ficar se mexendo. Mas realmente funciona para pequenas lesões e dores. Foi uma experiência muito boa", afirmou Pétrix Barbosa.

 

Para se submeter ao tratamento, os ginastas tiveram de seguir algumas regras às quais os alemães já estão acostumados. Tiveram de entrar de tênis, não podem tocar em nada dentro da cabine e só podem repetir o procedimento após 48 horas. Além disso, deixaram tudo para os 'locais' prepararem.

 

"Eles estão acostumados, manusearam todo o aparelho e a gente só ficou olhando. É uma estrutura bem organizada, e eles têm uma planilha a seguir. Em um dia é balde de gelo, no outro sauna, no outro o frigorífico. É algo que realmente ajuda em pequenas lesões", completou Pétrix.

 

"Eu sou o mais cagão, não gosto de sentir frio, de fazer nada diferente. Quando vi que ia entrar na banheira de gelo, falei que não ia de jeito nenhum. Mas resolvi entrar no frigorífico. Eu só sentia muita dor na canela. A primeira reação é se encolher todo. É muito, muito gelado, mas foi uma experiência bacana", declarou Sergio Sasaki.

 

Fonte: UOL