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fabianoO duelo entre São Paulo e Arsenal, no Pacaembu, já havia terminado, com empate por 1 a 1. Mas, indignado, Luis Fabiano continuava no clima da partida após o apito final. O atacante correu até o círculo central, onde estava o árbitro colombiano Wilmar Roldán, para reclamar de um pênalti não marcado.

 

Com o dedo em riste, o atacante cobrou o juiz de forma veemente. E, em meio à discussão, acabou sendo expulso. Então, ele descontrolou-se ainda mais ­ e foi necessário que outros jogadores e até policiais interviessem na discussão.

 

O cartão vermelho tira Luis Fabiano do próximo duelo do clube pela Libertadores, justamente contra o Arsenal, na Argentina. O atacante estava revoltado quando deixou o campo rumo aos vestiários do Pacaembu.

 

"Alguém gravou isso? Alguém gravou ali no meio? Eu não falei nada para ele. É impressionante a sem-vergonhice", disse o atacante, antes de descer o túnel.

 

As reclamações de Luis Fabiano ganharam o apoio de Rogério Ceni. "Nós não jogamos bem, mas como esse árbitro não tem como. É o mesmo árbitro que ofendeu o Juan no jogo contra o Libertad, em 2011", afirmou o goleiro.

 

Conhecido por seu temperamento explosivo, Luis Fabiano traçou como meta para 2013 ser expulso apenas uma vez. Com o cartão vermelho de hoje, o maior artilheiro do São Paulo na Libertadores ­ tem 12 gols, ao lado de Rogério Ceni ­ já chegou à cota estabelecida por ele mesmo.

 

Racismo e perseguição

 

Quando a delegação do São Paulo deixava o estádio, já mais calmo, Luis Fabiano voltou a falar sobre o tema. O atacante disse que, durante toda a partida, foi ofendido pelos jogadores do Arsenal e sofreu com uma postura ameaçadora do árbitro.

 

"O juiz estava sempre estranho, sempre ameaçando, querendo me falar que ia me tirar do jogo. Os jogadores me chamaram de macaquito várias vezes, mas eu não seria idiota de insultar ou xingar o juiz, isso está claro", afirmou.

 

"Desta vez eu não falei nada. Cada um que tire suas conclusões. O futebol sul-americano é isso mesmo. Na Libertadores a gente tem que jogar contra tudo e contra todos", concluiu o artilheiro.

 

Defesa

 

 Tão logo a partida terminou, dirigentes e jogadores do São Paulo, além do técnico Ney Franco, saíram em defesa de Luis Fabiano. Para o diretor de futebol do clube, Adalberto Baptista, o ato do jogador não deve causar nenhuma punição além da suspensão automática.

 

"Todos os jogadores falaram que ele foi falar educadamente sobre o acréscimo. Ele só ficou nervoso depois da expulsão", disse o dirigente. "Ele sói foi cobra-lo por conta do pouco tempo de acréscimo. Acho que não é caso de punição."

 

João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente de futebol. foi na mesma linha. "Acho que ele não deu causa hoje. O grande prejuízo hoje foi a arbitragem. Pelas informações que tenho, ele não se dirigiu de forma ofensiva ao árbitro."

 

O técnico Ney Franco, em entrevista coletiva, também ficou do lado do atacante. "O Luis Fabiano está trabalhando muito bem esta coisa de cartão. Torço para que tenha sido injustiça da arbitragem mesmo, porque ele está se esforçando. A expulsão do Luis Fabiano, pelas informações que estamos colhendo, foi injusta, e eu acredito nisso pela forma como foi a partida", avaliou.

 

 MSN