No projeto de recuperação do Vasco em 2013, a educação está fora dos planos. O orçamento que será votado nesta quinta-feira pelo Conselho Deliberativo prevê a redução de custos com o Colégio Vasco da Gama, instituição de ensino mantida pelo clube e que atende a crianças e adolescentes que defendem a cruz de malta nas mais diversas modalidades. Dos 43 funcionários, o plano é reduzir para 22.
O encerramento das atividades do colégio já esteve na pauta, mas não pôde ir à frente. Segundo o vice-presidente de patrimônio, Manoel Barbosa, pelo contrato com a Eletrobras, o clube não pode fechar as salas de aula até julho. Além disso, o ano letivo não pode ser suspenso sem que os alunos sejam avisados com três meses de antecedência.
Atualmente, a escola atende a cerca de 200 alunos. No último mês de julho, o colégio chegou a receber a visita do secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, que elogiou a qualidade do ensino da instituição. Na ocasião, o político foi recebido pelo próprio presidente Roberto Dinamite, que posou, sorridente, para fotos com funcionários. Hoje, seus empregos serão definidos na reunião do Conselho.
— É o Vasco que sustenta aquilo tudo. Funcionários, cadeiras, enfim, todo o patrimônio. E o custo não é barato. Esse corte é uma das premissas do nosso planejamento da situação financeira — afirmou o vice-presidente de finanças, Nelson Almeida, que não revelou o valor de custeio da escola.
O novo orçamento, aliás, não prevê demissões apenas no colégio. O clube deve enxugar em até 100 pessoas o corpo funcional de mais de 600 funcionários. Os esportes amadores é que mais sofrerão. As atividades de todos os departamentos olímpicos serão suspensas.
E o futebol também não escapará ileso. O orçamento prevê a entrada de R$ 24 milhões em vendas de direitos econômicos, um indicativo de que o clube irá se desfazer dos 45% que ainda possui de Dedé.
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