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Os constantes atrasos de salários estão sendo um entrave para o Vasco na hora de manter a base e de buscar reforços. Como se não bastasse a forma polêmica com que Felipe foi afastado, o critério adotado pela cúpula para sanar as dívidas com os atletas é, no mínimo, controverso.

 

Na sexta-feira, a diretoria acertou o pagamento de salários, mas apenas 13 atletas foram contemplados. O clube beneficiou aqueles com os quais poderia lucrar em caso de transferência ou sofrer um prejuízo em caso de ação na Justiça.

 

Já fora do Vasco, Fernando Prass e Alecsandro não receberam, embora o clube ainda lhes deva. Jogadores como Fellipe Bastos, Eder Luis e Dedé, além dos recém-promovidos dos juniores, receberam mais uma parte, em detrimento de outros. A atitude divide o grupo e foi motivo da insatisfação de Felipe, afastado por reclamar dos atrasos e de que não poderia ser cobrado.

 

Tentando se justificar, o diretor executivo René Simões explicou que o Vasco distribuiu o dinheiro recebido para escapar dos bloqueios determinados pela Justiça e luta contra a asfixia financeira.

 

“Quando bate dinheiro no Vasco, temos que passar aos atletas. No dia do pagamento, tive que optar por alguns. Paguei primeiro os que dariam mais problemas. Depois paguei quase todos os garotos. Isso pode dividir o grupo, mas a disparidade entre os salários também”, frisou à Rádio Globo. “Estão matando o clube com tantos bloqueios”.

 

Mais duas novidades

 

Em troca da liberação do volante Nilton, o Cruzeiro deve ceder ao Vasco o volante Sandro Silva e o meia Pedro Ken. Os nomes serão avaliados por Ricardo Gomes.

 

IG