Grande polêmica do Campeonato Brasileiro no último final de semana, a partida entre Internacional e Palmeiras teve sua súmula divulgada no site da CBF nesta segunda-feira, 29. De acordo com o documento, “nada de anormal” ocorreu durante o confronto do último sábado, que foi vencido pelos gaúchos por 2 a 1, no Beira-Rio.
O Palmeiras buscava o gol de empate quando Barcos desviou com o braço, comemorou o gol confirmado pelo árbitro Francisco Carlos do Nascimento, mas depois viu a igualdade frustrada com o juiz anulando o gol. A decisão se deu por uma informação que veio de fora do campo - segundo os palmeirenses, foi o delegado da partida, Gerson Baluta, quem cravou a nova determinação sobre o lance (ele deixou o estádio sem falar com a imprensa).
Ainda no centro do gramado, o árbitro Francisco Carlos do Nascimento não deu conversa para os palmeirenses e mal falou com os jornalistas. Ele disse apenas que "a recomendação da Comissão Nacional de Arbitragem é não falar sobre lances do jogo", e que "foi um trabalho em equipe".
O procurador do STJD Paulo Schmitt questionou o Departamento de Arbitragem da CBF para ter informações sobre a anulação do gol de mão marcado por Barcos no duelo entre Palmeiras e Internacional. E teve como resposta que foi o quarto árbitro, Jean Pierre Lima, o responsável por informar que o gol havia sido irregular.
Assim, a arbitragem de Francisco Carlos Nascimento tirou a responsabilidade do delegado da partida, Gérson Baluta, de ter interferido na decisão do juiz. A posição da CBF também procurou encerrar a polêmica de que a informação teria vindo a partir de imagens de televisão, justificando que o quarto árbitro viu o lance da posição à beira do campo e decidiu anular o gol por toque de mão.
Segundo relato do Palmeiras e Taynah Espinoza, foi sim o delegado quem interferiu no lance. "Foi dito que foi mão pelo que se viu, e agora o delegado está perguntando para quem está fazendo a transmissão, se pelas câmeras de televisão vimos que foi gol", disse a jornalista durante a partida.
O clube paulista já havia cogitado entrar com um recurso pedindo a anulação da partida. O diretor jurídico do clube alviverde, Piraci Oliveira, não confirmou que isso ocorra ainda nesta segunda-feira, mas a possibilidade é real.
“O Palmeiras ainda está analisando esta questão e vai decidir de forma colegiada, com a decisão final do presidente. Isso ainda não está definido. É uma questão de provas de influência externa. Estamos buscando testemunhas e temos um prazo de 48 horas para entrar com recurso”, disse.
A súmula ainda era aguardada referente a outro tema. O árbitro confirmou na súmula que não houve punição com o cartão amarelo a Hernán Barcos. Assim, o argentino, que tem dois cartões amarelos, está liberado para a partida contra o Botafogo, no domingo, às 17:00h (de Brasília), na Fonte Luminosa, em Araraquara.
Espn