O secretário Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Seid), Helder Jacobina, e o presidente da Fundação Estadual de Esportes (Fundespi), Marco Aurélio Sampaio, estiveram reunidos, na manhã desta quarta-feira, 24, com quatro dos cinco paratletas piauienses que conquistaram medalhas nas Paralimpíadas Escolares 2012, realizadas em São Paulo, entre os dias 17 e 19 de outubro.
O Piauí levou oito atletas para a competição e cinco deles conquistaram oito medalhas, sendo duas de ouro, duas de prata e quatro de bronze. A participação dos paratletas nessa competição foi possível graças ao empenho do Governo do Estado do Piauí, por meio da Fundespi, Seid e Secretaria da Educação (Seduc). Para o secretário Helder Jacobina, os resultados obtidos pelos atletas demonstram o compromisso do Governo do Estado com as pessoas com deficiência e com o paradesporto piauiense.
“Temos um projeto em parceria com a Fundespi para a construção de uma Vila Olímpica, que vai atender às demandas por espaços para a prática esportiva em Teresina. O Governo do Estado vai inaugurar em breve a Nova Potycabana, que será mais um espaço destinado para a prática desportiva e todo adaptado para as pessoas com deficiência”, frisou o secretário Helder Jacobina.
O técnico Childerico Robson, do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), destacou os ótimos resultados obtidos em São Paulo como um alerta para a possibilidade de o Piauí ter representantes na Paralimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. “É perfeitamente possível que tenhamos atletas do Piauí em 2016. No Ceir, temos a pretensão de ter no mínimo um atleta participando das Paralimpíadas de 2016 e já estamos trabalhando para isso”, ressalta o treinador.
Atletas demonstram força de vontade e superação
A jovem Ana Kássia foi atropelada por um carro quando tinha apenas seis anos de idade, como resultado do acidente, sua perna direita teve que ser amputada. Aos 11 anos ela iniciou o tratamento de fisioterapia no Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), e hoje aos 14 anos coleciona medalhas em competições nacionais. “O Ceir é muito importante para mim, pois foi onde eu fui descoberta e é onde eu busco o melhor para mim”, afirma. A jovem, que treinava apenas duas vezes por semana, aumentou a rotina de treinos para participar das competições, passando a treinar todos os dias.
Para Jaelton Alcides, de 18 anos, a vida de competições teve início apenas em 2011, quando o técnico Antônio Nilson o descobriu durante as Olimpíadas Estaduais da Apae. Nas Paralimpíadas Escolares 2012, Jaelton, que tem deficiência intelectual, ganhou a medalha de bronze nos 400 metros rasos e foi o 4º colocado na prova dos 100 metros rasos. “Eu treino em Timon, no Maranhão, com o treinador Nilson e na próxima semana vou participar das Olimpíadas Nacionais da Apae”, conta.
Outro medalhista piauiense em São Paulo foi Alberto Maia Filho, que teve o antebraço direito amputado após um acidente de ônibus, em 2009. Atualmente com 17 anos, Alberto ganhou o bronze na prova do tênis de mesa e afirma que vai continuar treinando duro para buscar melhores resultados. “Eu já jogava tênis de mesa, mas somente este ano comecei a treinar. Essa medalha me deu um incentivo a mais para continuar com a rotina de treinos na Federação Piauiense de Tênis de Mesa”.
Mas o grande nome do Piauí nas Paralimpíadas Escolares 2012 foi Marcelo Santana, que subiu ao pódio em três oportunidades. Com medalha de ouro nos 50 metros nado borboleta, prata nos 50 metros costa e bronze nos 50 metros livre, Marcelo mostra que superou o acidente que sofreu em 1º de setembro de 2011, quando teve sua perna amputada após ser atropelado pelo Metrô. “Quando eu comecei o tratamento no Ceir as meninas de lá me colocaram para fazer natação, aí eu fui em frente”, destaca Marcelo, que antes do acidente já praticava natação, mas no rio Poty, próximo a sua casa. E muito confiante o adolescente afirma que no próximo ano vai trazer três medalhas de ouro para o Piauí.
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