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palmeirascoritibaO Palmeiras está bem próximo de voltar a soltar o grito de campeão em uma competição nacional após 12 anos. A equipe superou as próprias deficiências técnicas e mostrou oportunismo nas bolas paradas para vencer o Coritiba por 2 a 0, na Arena Barueri, no primeiro jogo da final da Copa do Brasil.

 

O resultado coroa uma equipe que, se é limitada tecnicamente, soube aproveitar as oportunidades e se virou sem Barcos, sua principal força ofensiva. O atacante sofreu uma crise de apendicite e foi operado na tarde desta quinta-feira, mas esteve presente na final ao ganhar uma bonita homenagem de Valdivia. O Mago comemorou seu gol tapando o olho esquerdo para simbolizar um pirata, um dos apelidos do argentino.

 

Para comemorar seu primeiro título nacional em 12 anos – o último foi a Copa dos Campeões – o Palmeiras pode até perder por um gol de diferença na próxima quarta-feira, em Curitiba. Se o Verdão balançar as redes, o time paranaense terá que fazer ao menos três gols de diferença.

 

O início do jogo assustou a lotada Arena Barueri. O mando era do Palmeiras, mas quem se sentiu em casa foi o Coritiba. A equipe marcava a saída de bola do rival, roubava a bola na frente e não o deixava jogar.  Os visitantes se mostravam mais organizados e aproveitavam os espaços nas costas de Juninho e Artur. Com a bola, o Coritiba ainda saía em velocidade e levava bastante perigo à meta de Bruno, mas abusou do direito de perder chances. A mais clara foi aos 7 minutos, quando Junior Urso perdeu um gol incrível de frente para o arqueiro.

 

Desorientado em campo, restava ao Palmeiras confiar em Bruno, que evitou ao menos três gols. A equipe corria atrás do Coritiba, batia cabeça e era a prova da desorganização. O Palestra sentia a falta de Henrique, que cumpria suspensão, e sofria com a marcação falha de João Vitor, Márcio Araújo e Marcos Assunção.

 

Além de estarem mal defensivamente, os volantes não conseguiam fazer a bola chegar a Valdivia. Os atacantes não prendiam a bola. Depois dos 30 minutos, o Palmeiras até conseguiu equilibrar a partida porque o Coxa já não tinha mais aquele ímpeto inicial.

 

E, quando menos se esperava, o time de Felipão teve uma chance de ouro em um pênalti após ‘agarra-agarra’ de Jonas e Betinho na área. Os jogadores do Coritiba reclamaram da marcação, mas Valdivia não desperdicou e fez uma bela homenagem a Barcos comemorando como um pirata.

 

O segundo tempo até parecia uma repetição do primeiro. O Coritiba ficava no campo de ataque e cercava a área do Palmeiras, mas não conseguia concretizar suas chances. O Palmeiras recuou e seguia sem prender sua bola no campo ofensivo. A primeira finalização foi apenas aos 18 minutos.

 

Mas o dia era mesmo do Verdão. Um minuto depois, Marcos Assunção cobrou falta, a bola desviou na barreira e encontrou a cabeça de Thiago Heleno. O zagueiro só tocou no canto esquerdo de Vanderlei e correu para comemorar.

 

O clima esquentou no jogo e Valdivia acabou expulso ao levar o segundo cartão amarelo. O Mago está fora da decisão no Paraná. Marcelo Oliveira colocou Tcheco em campo e ele foi o protagonista de um dos lances mais polêmicos da partida. Aos 32 minutos, ele foi derrubado por Márcio Araújo na área, mas o juiz ignorou a penalidade.


Gil Oliveira