Até os 25 minutos do segundo tempo, o Fluminense mesclou apatia com dificuldade de superar a marcação do Nacional PotosÃ. A entrada de Pablo Dyego, na vaga de Marcos Junior, contagiou o time: 3 a 0, um gol do atacante, que ainda provocou uma expulsão rival, e vantagem para decidir a classificação à segunda fase da Sul-Americana na temida altitude boliviana.
Depois do jogo desta quarta-feira, no Maracanã, as equipes voltam a se enfrentar no dia 10 de maio. O adversário de quem passar será conhecido em novo sorteio.
Pablo Dyego
Ao desbancar Robinho do banco de reservas (em competições da Conmebol, só podem sete), mudou o jogo. Tirou a apatia do time, foi para cima dos marcadores. Fez gol de pé esquerdo, em cinco minutos provocou dois amarelos a Alaca. E merecia ter feito um golaço, com chapéu e bicicleta, em chute que bateu no travessão.
Além das duas finalizações, em pouco mais de 20 minutos em campo, levou um amarelo, cometeu duas faltas e sofreu outras duas. Virou uma alternativa, com a boa atuação.
- Durante a semana trabalhamos muito isso com o Abel. Caso o jogo tivesse muito amarrado, a gente entrasse e desse conta do recado. Tudo isso que aconteceu não foi de um dia para o outro. Foi tudo trabalhado - disse o jogador.
Dificuldade de infiltração
A postura do Nacional PotosÃ, com duas linhas recuadas de quatro jogadores, complicou o modo de jogo do Fluminense, de toque de bola e jogadas pelas laterais. O Tricolor insistiu nas trocas de passes no campo ofensivo, mas apresentou dificuldades para infiltrar na defesa rival.
O Tricolor conseguiu construir ações ofensivas ao apostar nas laterais, principalmente nas subidas de Ayrton Lucas. Ele foi o único atleta que apostou na jogada individual e nos dribles. O time boliviano marcou firme.
Falta de inspiração e cera rival
A equipe tricolor esteve pouco inspirada. Abusou dos erros, especialmente de passes (26 no total), inclusive em lances simples. O adversário também exagerou da cera – o goleiro Romero levou amarelo aos 14 minutos do segundo tempo. O árbitro Nicolas Gallo deveria ter punido outros jogadores pela postura. Em todo o jogo, dos 95 minutos, a bola esteve parada em 50,5% do tempo.
Renato Chaves
O zagueiro participou dos três gols: desviou nos dois primeiros, de Pablo Dyego e Gum, e sofreu o pênalti no terceiro. Decisivo no ataque, apesar de ter errado alguns passes. Na marcação, atuou bem.
GE