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A dois anos e quatro meses do início da Copa do Mundo-2014, o Comitê Organizador Local (COL) segue com o poder centralizado na figura de seu presidente Ricardo Teixeira e continua a descumprir suas obrigações estatutárias. Constituída como uma empresa, a entidade ignora princípios básicos, por exemplo, a formação de seus quadros administrativos.

O COL é uma empresa limitada que tem por sócios a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), representada por seu presidente Ricardo Teixeira, e o próprio dirigente, em sua pessoa física. No contrato social está previsto a criação de uma diretoria, formada por até quatro membros, um conselho de administração, constituído por três pessoas, além de um conselho consultivo, com até dez assentos.

Mas até o fim de dezembro, oficialmente, o COL continuava acéfalo em vários cargos administrativos, considerados primordiais para o funcionamento de uma empresa.

– No mundo empresarial, quando as empresas são montadas, é definido tudo antes de seu funcionamento. É recomendável que a diretoria e o conselho de administração sejam constituídos ao mesmo tempo  – disse o doutor em Administração e professor do IBMEC, José Gaspar Nayme Novelli.

Mas o que é praxe no mundo empresarial não ocorre no COL. Na diretoria há dois nomeados, o diretor-presidente, cargo ocupado pelo mandatário do COL, Ricardo Teixeira, e o diretor de Operações da entidade, Ricardo Trade.

No conselho de administração, o quadro torna-se mais grave. Previsto para ser ocupado por três pessoas, só em 1º de dezembro, Teixeira anunciou o nome dele e do ex-jogador Ronaldo para o órgão, que já deveria ter sido empossado.

– Está claro que é um negócio viciado. Nota-se que existe ausência de transparência e há concentração de poder (nas mãos de Teixeira) – frisou o mestre em Gestão Empresarial e professor do Ibmec, Leonardo Nunes Ferreira.

 

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