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ricardoteixeiraMesmo com a renúncia de Ricardo Teixeira à presidência do COL (Comitê Organizador Local da Copa 2014), Joana Havelange (filha de Teixeira e neta de João Havelange) continuará sendo a voz mais ouvida na entidade. A filha do agora ex-mandatário já administrava o dia a dia do comitê e a entrada de José Maria Marin no cargo de presidente em nada diminuirá a influência dela.

 

Marin assumiu o cargo por ser aliado de confiança de Teixeira, conhecer os bastidores do futebol e ter trânsito no meio político. Predicados que tanto Ronaldo Fenômeno quanto Bebeto, integrantes do Conselho de Administração do COL, não tem.

 

O novo presidente do COL terá uma atitude participativa, coordenará reuniões e zelará pela entidade. E assumiu ciente de que será de Joana a palavra final. Ela chegou a ter seu nome sugerido a Teixeira para ocupar a vaga do pai. Mas, desde o início, tanto ela quanto ele rejeitaram a ideia.

 

A pressão e o desgaste por ser filha de Ricardo Teixeira acabariam por atrapalhá-la. Além disso, Joana não tem influência no meio político e é avessa à liturgia do cargo presidencial.

 

Apesar de não possuir um currículo extenso para ocupar o cargo de secretária-geral de um Comitê Organizador de Copa, Joana, formada em Administração, com pós-graduação em Marketing, tem a seu favor o fato de estar na entidade desde o início da campanha do Brasil para ser a sede do Mundial.

 

Após a leitura da carta de renúncia de Teixeira, o clima no COL era de surpresa. Ronaldo, que até o início da noite de ontem não se manifestou sobre a renúncia do dirigente, chegou a ser avisado antes de a decisão vir a público, mas Bebeto não teve o mesmo privilégio.

 

“Liguei para o Ronaldo e ele disse que o trabalho vai continuar. Não muda nada com a saída do Teixeira. A gente está sempre se falando, falando com o Ricardo (Trade, diretor executivo de Operações) e vamos seguir o trabalho”, disse Bebeto.

 

E Ricardo, Trade, citado por Bebeto, será o responsável por dar o suporte necessário para Joana comandar o COL. Como diretor de Operações, é dele a tarefa de colocar em prática as decisões tomadas, assim como resolver os principais problemas técnicos para a Copa se tornar realidade.

 

Apesar de não ser oriundo do mundo do futebol - sua formação acadêmica foi construída nos esportes olímpicos -, Trade conquistou a confiança de Teixeira. Tanto que foi o único diretor a ter a sua nomeação formalizada em ata de reunião dos sócios do COl.



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