O Flamengo recebeu uma notícia pesada nesta quinta-feira. O atacante Bruno Henrique foi suspenso por 12 jogos pelo STJD, após ser denunciado por forçar cartão amarelo e favorecer apostadores durante partida contra o Santos, no Mané Garrincha, pelo Brasileirão 2023. O julgamento durou mais de oito horas e ainda cabe recurso.
Bruno Henrique acabou absolvido do artigo 243 do Código de Justiça Desportiva, que trata de manipulação para prejudicar equipes. Mas, por decisão de 4 votos a 1, os auditores entenderam que o atacante agiu de forma contrária à ética desportiva, conforme o artigo 243-A. Por isso, ele foi condenado a 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil.
RESPOSTA RUBRO-NEGRA
O clube carioca já sinalizou que vai recorrer da decisão. Caso o recurso seja apresentado, Bruno Henrique será julgado em nova instância, no pleno do STJD. Enquanto isso, o Flamengo solicitará efeito suspensivo para que o jogador possa seguir em campo até novo julgamento.
A legislação garante a possibilidade do efeito suspensivo para penas acima de dois jogos, mas, devido à gravidade da acusação, existe chance de negativa. Mesmo assim, o clube confia em conseguir a liberação temporária do atleta.
MAIS DETALHES O atacante participou da audiência por videoconferência, acompanhou quase todo o julgamento e se declarou inocente em seu breve pronunciamento. O advogado Alexandre Vitorino defendeu Bruno Henrique, enquanto Michel Assef Filho e Flavio Willeman, representaram o Flamengo.
A Procuradoria do STJD também denunciou outros quatro atletas amadores. Três deles participaram virtualmente: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Sales Nascimento dos Reis e Douglas Ribeiro Pina Barcelos. Já Wander Nunes Pinto Junior, irmão de Bruno Henrique, foi representado por advogado.
Bruno Henrique respondeu a várias acusações no CBJD, incluindo os artigos 243, 243-A, 184 e 191, além de pontos do regulamento geral de competições da CBF de 2023.
Gazeta esportiva
(Foto: Gilvan de Souza-CRF)