O Bahia carimbou vaga nas quartas de final da Copa do Brasil após empate sem gols contra o Retrô, mas a atuação deixou a desejar, especialmente no setor ofensivo. O Tricolor não conseguiu furar o bloqueio adversário e acumulou o segundo jogo seguido sem balançar as redes.
Apesar da classificação, Rogério Ceni não escondeu a insatisfação com o rendimento do ataque. O treinador avaliou o desempenho e afirmou: “Feliz pela classificação, dedicação de todos, mas preocupado com o rendimento, principalmente na parte ofensiva. Não temos sofrido gol nos últimos jogos, mas temos que render um pouquinho mais na parte ofensiva. Mas valorizar a luta de todos, nós temos exemplos de outros times brigando e que sofrem também, mas temos que evoluir na parte ofensiva.”
Na análise de Ceni, o Bahia teve posse de bola e criou oportunidades, mas esbarrou na falta de qualidade nas finalizações. “A gente teve controle, posse, cruzamentos, mas chutes inofensivos. Jogo mano a mano, marcação individual, vantagem nossa era de quem vinha de trás, realmente a parte de ataque foi bem abaixo, não finalizamos bem. Gramado também um pouco mais alto. Não foi o número de chutes, mas a qualidade não foi ideal.”
BAHIA NAS QUARTAS DA COPA DO BRASIL
O comandante tricolor ressaltou a importância de reforços para evitar queda de rendimento no segundo semestre, como aconteceu em 2024. Ceni apontou o setor ofensivo como prioridade e citou o retorno de jogadores lesionados como peça-chave para a sequência da temporada.
“Se nós conseguirmos recuperar alguns jogadores, se tivermos a volta do Pulga, Cadu está se esforçando para trazer mais uma opção de frente, está se dedicando, trabalhando, viajando, está atrás para trazer mais uma opção para a gente ter mais energia para enfrentar essa maratona,” disse o treinador.
O técnico ainda comentou sobre a dificuldade natural do calendário, com o segundo turno do Brasileirão e a Copa do Nordeste exigindo elenco numeroso e mais soluções dentro de campo.
BAHIA FOCADO NO BRASILEIRÃO CONTRA O FLUMINENSE
Agora, o foco do Bahia se volta para o Brasileirão. O time enfrenta o Fluminense neste sábado, pela 19ª rodada, na Arena Fonte Nova. Ceni falou sobre o desgaste do elenco e a necessidade de analisar condições físicas dos jogadores antes de definir a escalação.
Sobre Everton Ribeiro, o treinador afirmou: “Foi bem enquanto teve fôlego para jogar, participou, tabelou, sofreu com a marcação individual. Arrastou bastante para abrir espaço. Quando deu 60 minutos, ele sentiu cansaço, jogou no último fim de semana, colocamos o Michel. Everton é de vital importância, claro que em campo pesado sofre um pouco mais. Ajuda muito, experiência, capacidade técnica e liderança dentro de campo. Fez o melhor dele. Hoje não tivemos peso de área para colocar a bola para dentro.”
Ceni também destacou as dificuldades diante de times fisicamente fortes, como o Retrô, e apontou a necessidade de evolução da equipe. “Retrô em construção não apresentou tanto, mas ligação direta, marca pesado. Conseguimos controlar o jogo, mas é um jogo muito físico. Time mais forte fisicamente causa danos, principalmente quanto baixa as linhas, se defende bem. Precisamos evoluir, melhorar, mas em mérito do Retrô em ter conseguido se manter no jogo.”
O Bahia busca retomar o caminho das vitórias e melhorar sua produção ofensiva para seguir firme na briga por objetivos na temporada.
Futebol interior
Foto: Rafael Rodrigues/Bahia