Foi no sufoco, mas o Brasil conquistou três pontos importantes nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Saindo atrás do placar desde o primeiro minuto – Vargas marcou para os chilenos – a seleção teve mais uma apresentação pífia, mas conquistou a virada no fim por 2 a 1, nesta quinta-feira, pela nona rodada, no estádio Nacional de Santiago, no Chile. Os botafoguenses Igor Jesus e Luiz Henrique balançaram as redes para o Brasil, salvando a pele de Dorival Júnior.
A apresentação não foi das melhores mais uma vez, mas foram importantes os três pontos que levaram o Brasil ao quarto lugar na tabela de classificação das Eliminatórias, com 13 pontos, Manteve-se o futebol pobre, com pouco repertório e sem soluções táticas. Mas o poder de decisão de Igor Jesus, em grande fase, e a ousadia de Luiz Henrique, salvaram a pragmática seleção.
As estrelas, como Rodrygo, decisivo em seu clube, o Real Madrid, se mantiveram apagadas – por responsabilidade própria e também por causa da pobreza tática e técnica dessa equipe.
Em Santiago, foi previsível e improdutiva a seleção brasileira, repetindo atuações abaixo da média que havia feito sob o comando de Dorival e outros técnicos. O time, por vezes, acelerou muito e pensou pouco. Foi afoito e em alguns momentos desesperado, provavelmente pela necessidade do resultado positivo, que enfim veio e deu alívio aos jogadores e à comissão técnica.
Diante do Chile, freguês histórico, o Brasil saiu vencedor, mas não foi soberano. A seleção chilena atual é valente, mas bastante limitada, tanto que só ganhou uma vez nas Eliminatórias e tem a segunda pior campanha do torneio, com cinco pontos. Mesmo assim, segurou os brasileiros por algum tempo e até exerceu certo domínio em parte do duelo.
IGUAIS O duelo mal começou e o Brasil saiu atrás do placar. Após cruzamento da direita, Vargas cabeceou livre e encobriu o goleiro Ederson. O gol cedo desestabilizou a seleção, que não conseguia se comunicar em campo, acumulando erros de passes e tomadas de decisões, além de sofrer com a bola aérea chilena.
Bem marcado, Rodrygo era o principal articulador em campo e acionava sempre Raphinha e Savinho nas pontas. Era pelos lados que a seleção mais levava perigo. Igor Jesus por pouco não deixou tudo igual, desviando na primeira trave. Na segunda tentativa, o atacante do Botafogo balançou as redes. Savinho cruzou da direita e o centroavante se antecipou para testar para o gol, já aos 45 minutos.
VIRADA NO FIM
Na segunda etapa, o Brasil voltou mais concentrado. Dominando na posse de bola, trocava mais passes, mas tinha dificuldade para furar a retranca do Chile. Quando conseguiu quebrar as linhas, Raphinha chegou a virar o placar, porém o atacante estava em posição irregular.
O tempo passava, o Brasil acumulava 70% de posse de bola, mas sem nenhuma projeção ofensiva e não incomodava o goleiro chileno. Quando teve um pouco mais de coragem, a individualidade fez a diferença. Luiz Henrique recebeu na direita, puxou para o meio e bateu colocado para virar a partida e decretar a vitória brasileira.
AGENDA
O Brasil volta a campo na terça-feira, às 21h45, no estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF), diante do Peru. A próxima e última data-Fifa de 2024 acontece na metade de novembro, com o Brasil atuando diante da Venezuela, fora de casa, e fecha o ano diante do Uruguai, em solo brasileiro.
Futebol interior
Foto: Rafael Ribeiro/CBF