Aos 19 anos, Kylian Mbappé é um dos principais nomes da França nessa Copa do Mundo da Rússia. Nascido em dezembro de 1998, o mundo era bem diferente do que vemos hoje
Aos 19 anos, Kylian Mbappé é um dos principais nomes da França nessa Copa do Mundo da Rússia. Nascido em dezembro de 1998, o mundo era bem diferente do que vemos hoje
Luka Modric é o grande astro da seleção croata, é verdade, mas a classificação às quartas de final não teve nada a ver com o meia. Pelo contrário: ele vai ter sempre muito a agradecer ao companheiro Danijel Subasic, que pegou três pênaltis e ‘salvou a sua pele’ após perder uma cobrança já no fim da prorrogação contra a Dinamarca.
E Subasic já está acostumado a ser herói. Ele chegou ao Monaco em 2012, quando a equipe estava na segunda divisão. Já em sua primeira temporada, marcou um gol à lá Rogério Ceni. No último jogo daquela temporada, ele fez de falta, da entrada da área, e garantiu uma vitória por 2 a 1 fora de casa contra o Boulogne.
Mas sua história mais marcante é outra. E uma que ele faz questão de nunca esquecer.
Subasic estava em campo no dia 29 de março de 2008 com a camisa do Zadar quando viu seu companheiro Hrvoje Custic dividir uma bola na lateral do campo e bater a cabeça em um muro de proteção. Ele foi levado para o hospital na hora com traumatismo craniano e lesões no cérebro. Não resistiu e morreu dias depois, aos 24 anos de idade.
Só que Custic era mais que só um colega de equipe para Subasic. Os dois eram quase irmãos, sempre juntos desde criança.
Por isso, Subasic carrega o ‘irmão’ até hoje. Em todos os seus jogos, veste por baixo do uniforme uma camisa com uma foto de Custic.
E assim foi neste domingo: após se sagrar o herói croata, Subasic fez a sua homenagem para o mundo todo.
Agora ele espera poder repetir isso no próximo sábado (7), quando a Croácia enfrenta a Rùssia nas quartas de final, às 15h (de Brasília), em Sochi.
msn
A passagem de Neymar pela Rússia tem sido de um tom diferente da pressão sofrida pelo atacante no Brasil, seja por parte da imprensa ou nas redes sociais, onde é comum ver fortes críticas ao comportamento do astro. Por onde andou, o atacante teve tapete vermelho estendido, como atleta da Seleção Brasileira mais exaltado, e não foi diferente em Samara, onde o Brasil encara o México nesta segunda-feira pelas oitavas de final da Copa do Mundo, a partir das 11h (de Brasília).
Entre os russos, ele é quase unanimidade. A impressão é que os locais só conhecem o camisa 10 da Seleção Brasileira. Gritam seu nome, fazem perguntas sobre ele, se agitam em busca de uma foto ou qualquer contato quando conseguem se aproximar do jogador. Neymar, quando possível, tenta retribuir. Na chegada a Samara, quebrou protocolo de segurança e parou para atender dois garotos que buscavam um autógrafo no hotel. O carinho é o mesmo com brasileiros no país da Copa. O apoio tem sido geral, e destacado por todos na Seleção, mas o craque sempre recebe carinho especial, sua camisa é disparada a mais vista, e já até teve música criada exclusivamente para ele. A que mais pegou brinca com um cenário positivo para Neymar no Mundial a partir de agora, as quedas de Messi e Cristiano Ronaldo: "Cristiano veio para passear, Messi é o caralho, nós temos Neymar", é o trecho de uma das tantas músicas que tem embalado a festa brasileira na Rússia.
A arte de secar funcionou. Principais adversários do brasileiro no sonho de conquistar a Bola de Ouro, o argentino e o português se despediram da Copa no último sábado, com derrotas para França e Uruguai, respectivamente. Abriram caminho para Neymar, que pode voltar a ganhar força na disputa se for protagonista no Mundial, após ficar para trás com a cirurgia no pé direito que o afastou por três meses. Vale lembrar que em muitos anos a Copa tem sido decisiva no prêmio, basta lembrar de 2006, quando o zagueiro italiano Fábio Cannavaro foi escolhido o melhor do mundo depois do título da Azzurra.
Neymar está amparado pela torcida, animado e em 100% de sua forma física, como a comissão técnica projetou para a fase de mata-mata, mas não terá vida fácil na Rússia. Logo de cara, ele encara um adversário indigesto e busca um gol inédito na carreira. Todos os seus cinco em Copa foram na primeira fase, nunca na parte eliminatória.
Nesta Copa, ele marcou contra a Costa Rica no segundo jogo, vitória por 2 a 0. Já em 2014, no Brasil, balançou redes duas vezes na estreia contra a Croácia (3 a 1) e no terceiro jogo contra Camarões (4 a 1). Poderia ter feito mais, mas no meio do caminho havia o México. No segundo jogo daquela Copa, o atacante bem que tentou, mas parou no goleiro Ochoa, inspiradíssimo na partida contra a Seleção Brasileira que terminou 0 a 0. Ochoa será titular nesta segunda e quer fazer do México a pedra no sapato de Neymar pela terceira vez.
A primeira e mais traumática foi em 2012. Neymar era o símbolo maior da geração que buscava a inédita medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres, mas a Seleção foi derrotada por 2 a 1 para o México na final. O título transformou o futebol mexicano, que passou a acreditar mais em seu potencial. Daquele jogo, o Brasil tem quatro remanescentes na Copa na Rússia: Neymar, Thiago Silva, Marcelo e Danilo. Já o México tem sete: Hector Herrera, Jesús Corona, Oribe Peralta, Marco Fabián, Javier Aquino, Giovanni dos Santos e Raúl Jiménez.
O tempo passou, Neymar liderou o Brasil para o ouro em 2016 no Rio de Janeiro e agora se vê pronto para a conquista do título mais importante de sua carreira. Além do apoio da torcida, ele tem a do comandante Tite, que vê seu craque de volta ao melhor patamar que pode oferecer.
- Jogou muito, jogou demais (contra a Sérvia). Eu falei para ele, ele sabe, nós sabemos o preço que ele pagou para chegar e retomar esse nível. Ele retomou o nível máximo dele, jogou muito. Jogou de forma parecida. Isso é muito difícil. Quando falei que havia necessidade (de cinco jogos para atingir plenitude), ele jogou muito. Baixou para ajudar a marcar lateral, transição precisa, finta em lance individual. Agora, sim, retomou alto nível - destacou o treinador, em coletiva antes do jogo.
Neymar está voando, na visão da comissão técnica, e já não tem mais seus principais rivais pelo caminho. Messi e Cristiano Ronaldo dividem a Bola de Ouro desde 2007. Ainda são favoritos este ano pelo que apresentaram na temporada. Mas se o camisa 10 da Seleção liderar o Brasil rumo ao hexa, vai ser difícil votar contra. Quer queira os críticos, quer não.
msn
A seleção mexicana usou em seu Twitter vitórias antigas contra o Brasil para exemplificar uma possível classificação às quartas de final da Copa do Mundo.
As duas equipes se enfrentam nesta segunda (02), às 11h, em Samara, valendo uma vaga na próxima fase do Mundial da Rússia.
"Já sabemos o que é ganhar do Brasil em momentos importantes. Hoje, mais do que nunca, é o momento de nos unirmos para sermos mais fortes e demonstrarmos que, na Rússia, nada pode nos deter", publicou a seleção, juntamente com uma foto do time vencedor do Jogos Olímpicos em 2012.
Na ocasião, os mexicanos venceram o Brasil por 2 a 1.
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