Flávio Araújo chegou, mais uma vez, a uma final no Campeonato Piauiense e não decepcionante.
O treinador liderou o River-PI na vitória em cima do Altos, fora de casa, no jogo de de ida, e alcançou a marca de dez jogos de invencibilidade, com oito vitórias, dois empates - o triunfo no Estádio Felipão foi o terceiro consecutivo.
"Saímos atrás por duas vezes, conseguindo empatar e depois reverter. A determinação e vontade de cada jogador foi importante. Falamos durante esses dias que não poderíamos jogar como foi lá no Albertão", analisou.
RETOMAR O FÔLEGO
Apesar do desgaste físico do elenco em razão do gramado pesado, Flávio Araújo alertou para a recuperação dos titulares antes do duelo decisivo. Para conquistar o título estadual, o Galo Carijó tem a vantagem do empate, no sábado, 13, diante do seu torcedor, às 18h30.
"A recuperação nestes três dias que antecedem o segundo jogo é fundamental. Vamos nos reapresentar e trabalhar com o regenerativo e técnico para quem não atuou. Depois disso, vamos direto para o hotel, pois é desgastante", revelou o treinador.
A derrota para o Cerro Porteño-PAR de virada por sonoros 4 a 1 não passou batida pela diretoria do Atlético Mineiro, que se reuniu nesta quinta-feira e definiu a demissão do técnico Levir Culpi. O treinador se mostrou desnorteado com o resultado da última quarta e cometeu algumas gafes durante a tentativa de explicar tal situação na coletiva de imprensa. O clube alvinegro está praticamente eliminado da Copa Libertadores da América.
"Você esperava alguma coisa diferente? Fui chamado pelo presidente e a partir de hoje (quinta-feira) não sou mais o técnico do Atlético-MG. Foi um comunicado oficial. Saio com o sentimento ruim, de derrota", disse Levir Culpi, em entrevista ao SporTV, na saída da reunião com a diretoria atleticana.
A derrota no Paraguai encerrou a quinta passagem do técnico pelo clube de Belo Horizonte. Ele foi contratado em outubro do ano passado para o lugar de Thiago Larghi, ainda durante o Campeonato Brasileiro, e classificou o Atlético-MG à Libertadores com a sexta colocação. Foram 31 jogos no comando com 18 vitórias, cinco empates e oito derrotas.
Nesta temporada, com Levir Culpi no comando técnico, foram 22 partidas, entre Campeonato Mineiro e Libertadores, com 14 vitórias, quatro empates e quatro derrotas, sendo três delas pela competição continental, que praticamente eliminaram a equipe na fase de grupos.
Para avançar, precisa vencer as duas partidas que restam - Nacional, do Uruguai, e Zamora, da Venezuela -, torcer para que os uruguaios percam para o Cerro Porteño em casa e ainda tirar uma diferença no saldo, que atualmente é de seis gols.
A demissão de Levir Culpi acontece às vésperas do primeiro clássico diante do Cruzeiro, pela final do Campeonato Mineiro, neste domingo, no estádio do Mineirão. No final da madrugada desta quinta-feira, o clima já não era muito bom para o técnico porque ele e jogadores - exceção ao atacante Luan - foram alvos de protesto de um grupo de 15 torcedores no desembarque da equipe no Aeroporto Internacional de Confins.
NOVO DIRETOR DE FUTEBOL
Pouco antes do anúncio da saída de Levir Culpi, o clube anunciou a contratação de Rui Costa para o cargo de diretor de futebol, substituindo a Marques, que passou a ser gerente de futebol. Ele, que já trabalhou no Grêmio, na Chapecoense e no Athletico-PR, será apresentado oficialmente nesta sexta-feira.
Pela programação passada pela assessoria de imprensa do Atlético-MG, os jogadores foram liberados para um dia de descanso nesta quinta-feira. O time volta a treinar na tarde desta sexta para iniciar a preparação para o primeiro jogo da decisão do Campeonato Mineiro.
Por ter feito melhor campanha na fase de classificação, o Atlético-MG tem a vantagem do mando de campo na segunda partida, além de jogar por dois empates ou vitória e derrota pelo mesmo saldo de gols para ficar com o título do Estadual.
O Palmeiras voltou a vencer na Libertadores, ao fazer 3 a 0 no Junior Barranquilla, nesta quarta-feira (10), no Allianz Parque, e se aproximar do San Lorenzo na liderança do grupo F.
Depois de 270 minutos em branco, nas últimas três partidas, a equipe paulista voltou a marcar gols, com Deyverson, que fez de cabeça aos 19 do primeiro tempo. Aos 10 da etapa final, Dudu, destaque da partida, chutou de longe e fez 2 a 0. Hyoran completou, no minuto final, fazendo o terceiro, com o gol vazio.
O Palmeiras entrou em campo tenso por causa da pressão de torcedores que apedrejaram o ônibus dos jogadores no momento em que eles chegavam ao estádio. Mas eles não se abalaram e, mesmo sem uma atuação de gala, fizeram o suficiente para obter o resultado positivo. Revoltados com a atitude desses torcedores, comemoraram o gol em tom de desagravo.
O time jogou um futebol simples, baseado na marcação a partir do meio-campo e nas saídas em velocidade, com Dudu fazendo ao mesmo tempo a função de ponteiro e de meia puxador de contra-ataques. Ele voltou a ter uma atuação convincente, sendo o destaque do time, ao lado de Deyverson.
Desde os primeiros minutos, o Palmeiras se organizou para evitar as investidas do adversário. E elas ocorreram no início, com tentativas de Luis Díaz e recuos do atacante Téo Gutierrez, tentando confundir os zagueiros Luan e Gustavo Gómez.
Mas eles se mantiveram firmes e, aos poucos, o Palmeiras foi ganhando volume de jogo. A partir dos 10, dominava mais as ações, invertendo jogadas e tocando rápido no meio, com investidas de Zé Rafael, que começou o jogo no lugar de Ricardo Goulart, e a boa movimentação de Dudu.
O gol veio naturalmente. Aos 19, Scarpa cobrou falta venenosa, Viera rebateu e depois defendeu chute de chapa de Dudu. Na sobra, Deyverson fez de cabeça, 1 a 0. Tendo de ir para a frente, o Junior deu ainda mais espaços.
Dudu, aos 23, quase marca de dentro da área. Mas, com o jogo aberto, o Junior também oferecia perigo e, aos 25, Hernández tabela e chuta rasteiro, com a bola passando rente à trave.
Mesmo controlando as ações, o Palmeiras optou por marcar atrás e deixar o Junior tocar, sem que a equipe colombiana encontrasse espaços na parte final do primeiro tempo.
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Etapa final
PublicidadeFechar anúncio O jogo recomeçou exatamente como terminou o primeiro tempo. O Junior tentava tocar a bola sem conseguir ameaçar a meta palmeirense.
Tranquilo e consciente, o Palmeiras segurou o adversário. Dudu, com boa movimentação, apareceu na meia direita aos 10 do segundo tempo, se aproximou da área ao receber um passe de lado e chutou no alto do gol, fazendo 2 a 0.
Com a vantagem, o jogo ficou como o técnico Scolari gosta: o adversário ficou atônito, se abriu. O Palmeiras se tranquilizou de vez na partida. E Felipe Pires entrou para dar mais velocidade ao Palmeiras, diante de um adversário desgastado.
Restou ao time colombiano arriscar de longe. Aos 13, Weverton fez boa defesa após chute de Hernández.
Talvez se Renato Gaúcho tivesse escrito tudo, não seria tão perfeito. O Grêmio renasceu na Libertadores com a vitória por 3 a 1 sobre o Rosario Central, teve uma boa atuação e se reencontrou em campo. De quebra, ainda contou com a ajuda do Libertad, que virou para cima da Universidad Católica, e ganhou um fio de esperança no Grupo H.
A noite de "seis pontos" nasceu dos pés dos jovens Jean Pyerre e Matheus Henrique e com a participação especial de Leonardo. O último ponto é a confiança retomada para as finais do Gauchão, contra o Inter, a partir do próximo domingo. Ou, conforme qualificou o vice de futebol Duda Kroeff, um renascimento. Os minutos iniciais do jogo na Arena, no entanto, levavam a um cenário totalmente distinto. O gol da Católica no Chile e o 0 a 0 insistente no placar em Porto Alegre eliminavam o Grêmio. Não durou muito.
No apagar das luzes do primeiro tempo, o Libertad virou a partida e levou os torcedores gremistas à loucura. O estádio, com seus 30 mil torcedores, passou a pulsar mais e exercer pressão. A essa altura, o Tricolor já vencia por 1 a 0. A vitória, aliada ao sucesso dos paraguaios, traz não só a possibilidade de classificação em segundo lugar do grupo - embora uma vitória no Paraguai, contra o Libertad, seja quase imperativa -, mas também um ânimo diferente antes dos Gre-Nais da final do Gauchão.
- Tínhamos que fazer nossa parte hoje e torcer lá para seguir vivo na competição. Uma coisa leva a outra. Um resultado negativo hoje traria desconfianças. Voltamos com muita força a Libertadores e mais do que nunca, a confiança total para disputar a final no domingo. O torcedor está mais alegre e nós mais felizes neste momento decisivo - apontou Renato.
"Quando a classificação na fase de grupos é mais difícil, a confiança aumenta. Acho que a gente renasce e vem com tudo. Se a gente classificar e, parece que os astros estão se armando para isso, estaremos muito mais fortes" (vice de futebol Duda Kroeff) Descontado o nível do Rosario Central, o Grêmio voltou a apresentar um bom desempenho na Arena. Com a presença de Matheus Henrique ao lado de Maicon, o meio-campo teve mais mobilidade e pressionou mais rapidamente os adversários quando a bola era perdida.
Jean Pyerre também esteve em noite iluminada, com gol e assistência, e por vezes se alinhou a Maicon e Matheus como um volante pela esquerda. André foi um dos nomes positivos e teve participação ativa no ataque ao segurar zagueiros, servir de apoio e criar espaços. Os principais nomes do jogo foram as mudanças feitas por Renato no time.