O diretor de futebol do São Paulo, Raí, confirmou Vagner Mancini como treinador interino da equipe no duelo do próximo sábado, contra o Flamengo, no Maracanã. Nesta quinta-feira, em entrevista coletiva para oficializar a saída de Cuca, o ídolo tricolor não confirmou se o clube buscará outro nome no mercado ainda nesta temporada.
“É pouco tempo, agora há pouco a notícia [da saída de Cuca] nos pegou de surpresa. Temos o Mancini, que vai liderar a equipe no jogo contra o Flamengo, e teremos mais dias para pensar com calma e dar mais informações para vocês e para o torcedor também”, afirmou Raí. Vagner Mancini, que atualmente é coordenador de futebol do São Paulo, já havia desempenhado a função de técnico interino depois da demissão de André Jardine. O Tricolor havia se acertado com Cuca, mas como o treinador estava finalizando seu tratamento cardiológico, Mancini “quebrou o galho” ajudando a levar a jovem equipe tricolor à final do Campeonato Paulista.
“Como o Cuca falou, temos uma colocação que dá para trabalhar tranquilamente para buscar uma posição melhor, onde queremos chegar e que é o nosso objetivo. Existem momentos difíceis, erros, acertos, em qualquer trabalho, mas pensando no macro, ninguém vai entender isso agora”, prosseguiu o diretor de futebol do São Paulo.
“Pensando no macro, você vai tendo alguns tropeços, mas vai tentando subir. Nesses dois últimos anos, tivemos dificuldades no Campeonato Brasileiro, isso é muito pouco para o São Paulo. Precisamos de muito mais, fazer uma autocrítica, saber o que precisa ser melhorado faz parte dessa continuidade”, completou.
É apenas uma questão de tempo até que a saída de Rogério Ceni seja confirmada pelo Cruzeiro. Assim que a delegação celeste desembarcar em Belo Horizonte, no retorno de Fortaleza, tem uma reunião marcada na Toca da Raposa, para selar a demissão do treinador. E Dorival Júnior é o nome escolhido para assumir a missão de evitar o rebaixamento do Cruzeiro. Tanto que ele já foi procurado, tem uma proposta em mãos e a diretoria celeste aguarda por uma resposta ainda nesta quinta-feira.
O desejo do clube mineiro é que o novo treinador já esteja no banco de reservas na partida contra o Goiás, nesta segunda-feira. Como informou o jornal O Tempo, a vontade da direção cruzeirense é não ter um técnico interino no compromisso válido pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com 19 pontos, a Raposa está uma posição acima da zona do rebaixamento. Depende dos tropeços de CSA e Fluminense, diante de Palmeiras e Santos, respectivamente, para se manter fora das últimas posições.
Caso aceite a oferta feita pelo Cruzeiro, Dorival Júnior trabalhará no clube pela segunda vez na carreira. Em 2007 o treinador comandou a equipe celeste no Campeonato Brasileiro. Mesmo com uma campanha que garantiu uma vaga na Copa Libertadores, Dorival não teve o contrato renovado e acabou substituído por Adilson Batista.
O último trabalho de Dorival Júnior foi no Flamengo, na reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado. Foram 12 partidas sob o comando do treinador. A equipe rubro-negra até mostrou uma evolução no jogo, mas não foi o suficiente para tirar o título do Palmeiras. O Flamengo se manteve na briga até a 37ª rodada, mas viu o rival paulista ficar com o troféu, após o triunfo por 1 a 0 sobre o Vasco, no Rio de Janeiro.
No Cruzeiro, Dorival Júnior comandou a equipe em 40 oportunidades. Foram 19 vitórias, seis empates e 15 derrotas, com 74 gols marcados e 60 sofridos. No Brasileirão a Raposa terminou na quinta colocação e foi beneficiada pela presença do Fluminense no G-4. Como o time carioca havia vencido a Copa do Brasil daquele ano, o Cruzeiro ficou com uma das vagas distribuídas no Brasileiro para a Copa Libertadores. Já na Copa Sul-Americana a equipe mineira foi eliminada pelo Goiás, ainda na primeira fase. Derrota por 2 a 0 em Goiânia e vitória por 1 a 0 em Belo Horizonte.
Cruzeiro pagará multa a Rogério Inicialmente, a diretoria do Cruzeiro não queria demitir Rogério Ceni, mas sim que o treinador entregasse o cargo. Após muito conversar com dirigentes do clube mineiro, o técnico deixou claro sua posição de que jamais desistiria do trabalho, além de não abrir mão da multa contratual. Foi então que a direção do clube mineiro optou por pagar o valor, considerado baixo internamente.
Cuca não é mais o técnico do São Paulo. O treinador pediu demissão nesta quinta-feira à tarde, um dia depois da derrota por 1 a 0 sofrida para o Goiás, no estádio do Morumbi, na capital paulista, pela 21.ª rodada do Campeonato Brasileiro. A tendência é que Vagner Mancini, atual coordenador técnico, assuma o comando da equipe e possa ficar para a sequência da temporada de 2019.
Contratado em abril deste ano, o treinador deixa o São Paulo com um aproveitamento de 47,4%. Em 26 jogos - contando Brasileirão, Campeonato Paulista e Copa do Brasil - foram nove vitórias, 10 empates e sete derrotas.
FRUSTRAÇÃO Diante do Goiás, Cuca montou um time que não conseguiu chutar a gol com a bola rolando - o lateral-esquerdo Reinaldo desperdiçou uma cobrança de pênalti no segundo tempo -, tampouco oferecer grandes perigos ao adversário. A derrota provocou xingamentos da torcida. O técnico, em sua entrevista coletiva após a partida, disse que faria o mesmo se estivesse nas arquibancadas do estádio do Morumbi.
O São Paulo voltou bem após a parada da Copa América, em julho, mas o time caiu de rendimento nas últimas rodadas do Brasileirão. Dos últimos 18 pontos disputados, o time conquistou apenas cinco. Perdeu para Goiás, Internacional e Vasco, empatou contra Grêmio e CSA e venceu apenas o Botafogo nesta caminhada. Nem a contratação de dois pesos pesados do futebol, o lateral-direito Daniel Alves e o lateral espanhol Juanfran, foi suficiente para dar rumo ao time.
SITUAÇÃO O São Paulo tem 35 pontos em 21 partidas e ocupa a sexta colocação na tabela de classificação. Hoje estaria classificado às fases eliminatórias da próxima edição da Copa Libertadores. Na próxima rodada, a 22.ª, o time tricolor encara o líder Flamengo, neste sábado, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
Desde o começo de 2018 passaram seis pessoas pelo cargo de técnico do São Paulo. Além de Cuca, o time foi comandado por Dorival Júnior, Diego Aguirre, André Jardine e Vagner Mancini, este como interino.
Um time valente, que criou boas chances de gol mesmo jogando fora de casa, pagou o preço pela derrota na partida de ida e, embora eliminado, saiu de cabeça erguida. A introdução desta análise poderia ser sobre a eliminação do Corinthians para o Flamengo na Copa do Brasil, mas trata de uma nova queda, desta vez na semifinal da Copa Sul-Americana para o Independiente del Valle, do Equador.
Três meses depois da derrota no Maracanã, o Timão repetiu o enredo em Quito e deu adeus ao sonho do título continental inédito, que representaria muito ao clube em termos financeiros e desportivos.
Há pontos positivos a serem destacados no empate em 2 a 2 com Independiente del Valle - e este texto irá abordá-los - mas urge ao Corinthians aprender com os erros e evoluir se quiser terminar o ano dignamente, entre os primeiros do Brasileirão.
E isso não se refere só à (falta de) concentração e mesmo organização nas derrotas em Itaquera nos dois mata-matas citados. Há outros pontos problemáticos que atormentam a equipe desde o começo do ano e não são corrigidos.
A dificuldade para enfrentar times que priorizam a posse da bola é um deles. O Corinthians sofreu diante do Santos, tendo sido derrotado duas vezes pelo rival no ano; do Fluminense, adversário contra quem só conseguiu um ponto em três jogos na temporada; e agora do Del Valle.
Embora haja evolução ofensiva depois da Copa América, o Timão ainda está longe de ser um time envolvente. Pelos jogadores que tem, poderia criar mais.
Para buscar uma vitória por dois gols de diferença no Equador, Carille decidiu arriscar e promoveu muitas mudanças na equipe, algo que não é habitual em seu trabalho. Várias vezes contestado por seu pragmatismo, o técnico foi bem ao buscar alternativas técnicas e táticas, embora nem todos tenham gostado da escalação e das mudanças feitas por ele no segundo tempo ("por que Mateus Vital não jogou?" ou "pra que colocar mais um volante no fim?" foram algumas das contestações da Fiel nas redes sociais).
O comandante alvinegro apostou em uma equipe mais forte fisicamente e experiente, com média de idade de 29,9 anos. O Timão perdeu velocidade, mas ganhou mais presença de área e poder de fogo na bola aérea.
O Corinthians começou no 4-1-4-1, que variava para 4-3-3, com Love aberto pelo lado esquerdo. Depois, porém, o camisa 9 foi puxado para o meio, próximo a Boselli. Ramiro também recuou um pouco mais para ajudar Ralf na saída de bola. Formou-se um 4-2-3-1 ou 4-4-2 Não foi um primeiro tempo brilhante, mas bastante eficiente do Corinthians. O time da casa trocava passes em seu próprio campo para tentar desgastar os brasileiros a quase 3 mil metros de altitude, mas o Timão também soube ler o jogo. Roubando a bola na intermediária e saindo em velocidade, a equipe abriu o placar e só não fez o segundo porque Love parou no travessão.
Quando o intervalo veio, a sensação era de que a classificação, antes improvável, era bem possível. Porém, o ritmo do segundo tempo foi abaixo, talvez pelo desgaste físico da equipe. Há que se reconhecer também a qualidade dos equatorianos, extremamente rápidos e letais nos contra-ataques, como já havia sido visto em Itaquera
Com o passar do tempo, Carille foi lançando o time para frente e, consequentemente, oferecendo mais espaços ao adversário. O Corinthians passou a fazer um jogo que não está acostumado e, apesar da entrega e da coragem, não conseguiu evitar a queda na Sul-Americana.
Ligado, raçudo e com alternativas técnicas e táticas, o Timão entregou no Equador o que sua torcida pede e pagou o preço da atuação pífia no duelo de ida. Ponderar as coisas boas apresentadas em Quito não significa ignorar todos os problemas da temporada. O Corinthians ainda pode mais e tem lições a tirar desta nova eliminação. Se tivesse feito isso após a derrota na Copa do Brasil, talvez as coisas tivessem sido diferentes na última quarta-feira.