Turbulência é a palavra-chave que define os últimos dias no Flamengo. O time vem de três derrotas em quatro jogos. Com isso, Dorival Júnior tem a difícil tarefa de recuperar a confiança dos jogadores para a retomada do clube na temporada.
Apesar dos resultados ruins ofuscarem a evolução da equipe, o técnico rubro-negro considera que o Flamengo está no caminho certo. Além disso, a partir do momento em que seus atletas se sentirem seguros, os torcedores voltarão a ser um grupo vibrante.
O Flamengo está começando a encontrar um momento em que daqui a pouco consigamos uma constância, segurança um pouco maior e, principalmente, recuperar a confiança dos jogadores. A partir do instante que isso acontecer no mesmo momento, poderemos ver novamente essa equipe com essa vibração que tivemos, mas com resultados bem melhores.
Vale lembrar, que o mês de junho foi agitado dentro e fora de campo. Elementos como a demissão de Paulo Sousa, o acúmulo de derrotas e, agora, na quinta-feira, dois dirigentes da cúpula rubro-negra pediram desligamento do conselho de futebol e agitaram os bastidores.
Atualmente, o Flamengo está 14ª posição do Brasileirão com 15 pontos, ou seja, um ponto acima do primeiro clube na zona de rebaixamento. Assim, só uma vitória em casa sobre o América-MG interessa, para o clima amenizar na Gávea, 'virar a chave' e engrenar no restante da temporada.
Para quem acompanhou a entrevista de Rogério Ceni na última segunda-feira (20), o primeiro ponto a se notar na noite desta quinta-feira (23), após a vitória por 1 a 0 do São Paulo sobre o Palmeiras, no Morumbi, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, é o semblante do treinador. Animação? Longe disso. O sentimento é de satisfação. E o comandante tricolor só soube enfatizar um ponto, o orgulho de sua equipe em jogar de igual para igual com o rival que lidera com folgas no Campeonato Brasileiro e ostentava 19 jogos invicto.
Tenho orgulho de trabalhar no São Paulo e enfrentar equipes do tamanho de Palmeiras, Corinthians, Santos... Às vezes saímos vencedor, às vezes perdendo, como foi na segunda. Mas jogar de igual para igual com o líder do Brasileiro, que fez a melhor campanha da fase de grupos da Libertadores, é motivo de orgulho pro torcedor ver que a gente consegue jogar de igual pra igual.
Se na segunda a fala de Ceni soou como justificativa furada pelo simples motivo do treinador buscar qualidades em meio a uma virada traumática, desta vez a mesma frase ganhou outra conotação, diante de um Tricolor que se impôs e dominou o até então temido rival alviverde.
O único jogo a se esquecer foi do Allianz Parque (final do Campeonato Paulista, derrota por 4 a 0). A maior lição que eu tive foi acreditar nas próprias convicções, com os jogadores de segunda sendo os mesmos de hoje. Em 194 minutos estivemos na frente, em apenas um minuto o Palmeiras esteve na frente. Acreditar nas convicções e trabalhar.
Para isso - e por isso -, Ceni endossou a convicção de escalar o mesmo time de segunda. A pauta foi polêmica. Após a virada traumática, o treinador disse que a decisão de colocar força máxima em campo não era somente sua. Era um misto de sentimentos, que envolvia a precaução com um elenco curto, combalido com oito lesões (ganhou mais uma agora, de Arboleda) e falta de rumo pelo resultado. O próprio elenco tratou de solucionar a questão. Segundo o LANCE! apurou, líderes se reuniram com o treinador e se colocaram à disposição. Estavam com o Palmeiras engasgado. Queriam dar uma resposta. Ela veio. Respaldo também da própria diretoria, segundo o próprio Ceni revelou.
Convicção foi a mesma de segunda-feira, era o melhor time que tinha na minha cabeça pra enfrentar o Palmeiras. Hoje ele entrou praticamente igual, só algumas mudanças de movimentação, que sofremos com alguns ajustes. Tempo que tivemos um único trabalho de minutos para encaixar a marcação quando o Dudu ultrapassava. Foi um time seguro que na segunda-feira poderia ter saído com o mesmo resultado, mas as vezes analisamos o jogo de trás para frente. A minha grande virtude foi ver que poderia repetir os atletas e a grande virtude dos atletas foi a de dar essa resposta, de dar essa entrega, essa dedicação em campo.
E como não poderia faltar, o treinador aproveitou a 'crista da onda' para alfinetar o tratamento recebido após o jogo de segunda.
– Às vezes as pessoas gostam de atacar o treinador porque ele representa muito a instituição. Eu garanto que o cara que melhor pode representar a instituição nesse momento de dificuldade está aqui. Mas eu entendo. Vocês me batem bastante, mas eu fui feito para apanhar dessa maneira. Eu faço escolhas. O clube pode fazer a escolha de me tirar. Mas trabalhar com o trabalho no clube e que conheço? Desculpa, você não vai encontrar ninguém que sabe tanto e trabalha tanto.
Faltando pouco menos de cinco meses para o início do Mundial do Catar, a seleção brasileira permanece na liderança do ranking de seleções da Fifa, cuja nova versão foi divulgada nesta quinta-feira (23), após o final das Eliminatórias para a Copa do Mundo e a disputa de amistosos internacionais e de partidas de competições como a Liga das Nações.
Três meses após ter conquistado a ponta da classificação, a equipe de Tite ampliou a vantagem sobre a vice-líder Bélgica. A terceira posição passa a ser ocupada pela Argentina do craque Lionel Messi, que conquistou a Finalíssima (confronto entre campeões da Copa América e da Eurocopa) ao derrotar a Itália por 3 a 1 no início do mês.
As seleções nacionais poderão convocar até 26 jogadores para a próxima edição da Copa do Mundo masculina de futebol, depois que a Fifa aumentou nesta quinta-feira (23) em três o número máximo de integrantes por equipe no próximo mundial.
A Fifa disse que a mudança acontece por conta do momento incomum no calendário em que o torneio ocorre, assim como pelo impacto da covid-19 nas seleções. O mundial do Catar acontece entre 21 de novembro e 18 de dezembro.
"O número de jogadores que será incluído na lista final será aumentado para pelo menos 23, e no máximo 26", afirmou a entidade em nota. "No máximo 26 pessoas (até 15 reservas e 11 membros da equipe técnica) poderão ficar no banco durante as partidas".
A Uefa adotou uma decisão semelhante no ano passado, permitindo que as equipes levassem três jogadores extras para a Eurocopa por conta da pandemia.
A International Board, entidade que define as regras do futebol, deu neste mês o sinal verde para o uso de cinco substituições nas partidas, o que havia sido inicialmente introduzido como uma regra provisória por conta da covid-19.