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Compromisso com a formação e o bem-estar da sociedade piauiense, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) avança com as tratativas de implantação do Curso de Terapia Ocupacional. Em audiência pública ontem (8/8), o vice-reitor, Prof. Viriato Campelo, esteve presente na Assembleia Legislativa do Piauí (ALEPI) para discutir a criação do novo curso. A audiência também contou com a presença do Diretor do CCS, Prof. Arquimedes Cavalcante; a Vice-diretora do CCS, Prof.ª Carla Leite; a Chefe do Departamento de Educação Física, Prof.ª Dionis Machado, além dos presidentes do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) e Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO-14), e terapeutas ocupacionais da capital e representantes da sociedade civil e de associações que tratam de pessoas com deficiências.

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Segundo o vice-reitor, Viriato Campelo, a ALEPI encaminhou um documento para a UFPI solicitando um debate público acerca do curso, após receber a demanda de dezenas de pais. O Ministério Público do Piauí também se manifestou a favor da graduação. “Não há a formação deste profissional no estado do Piauí, então acolhemos essa demanda da sociedade piauiense. Durante a audiência, eu também informei que o curso de Terapia Ocupacional já estava nos planos da Universidade. No momento, estamos ajustando com os departamentos das áreas básicas para que ele possa ser viabilizado, antes de conseguirmos todos os códigos de vagas necessários”, explicou.

Curso de Terapia Ocupacional na UFPI

A construção do curso de TO foi proposta inicialmente em 2016 para acontecer no então Campus Parnaíba e somente em 2020 tomou forma com a elaboração do Projeto Político Pedagógico, a partir de uma comissão formada por docentes do Departamento de Educação Física. Desde então, esforços estão sendo somados para que a UFPI possa implantar o novo curso e atender uma demanda crescente que existe hoje no Piauí.

O terapeuta ocupacional tem como objeto a atividade humana, no tocante ao desempenho ocupacional, às atividades do cotidiano e atuação no SUS, desde a promoção da saúde até a reabilitação. Apesar do exercício da profissão ter sido regulamentado em 1969, ainda hoje o estado carece de profissionais desta área. Atualmente o curso não vem sendo ofertado por nenhuma IES no Piauí, fato que ocasiona enorme carência deste profissional no mercado de trabalho.

No Brasil, a Terapia Ocupacional possui 34 cursos de graduação em funcionamento, sendo 21 em Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e 17 em IES privadas, com concentração histórica na região Sudeste do Brasil. No Piauí, estão registrados cerca de 120 profissionais para dar atendimento a uma população estimada em 3.289.290 milhões, havendo uma proporção de profissionais/pacientes infinitamente aquém do recomendado pela OMS. Além disso, diversos municípios do estado não dispõem destes profissionais, que em maioria se concentram na capital.

O Prof. Anselmo Lustosa, pai de uma criança autista, representou a sociedade civil e manifestou as angústias que diversos pais e mães têm por não terem acesso ao tratamento de seus filhos, que envolve a Terapia Ocupacional. Ele fez o relato do quanto o próprio filho conseguiu avançar em autonomia em atividades diárias após receber atendimentos de Terapia Ocupacional, e que outras inúmeras crianças no Piauí, merecem também este direito.

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