Na manhã desta terça-feira (16/04), uma comissão de concursandos esteve na sede do Ministério Público de Floriano para denunciar formalmente vários tipos de fraudes que teriam ocorrido no certame realizado no último domingo.
As denúncias vão desde a presença de pessoas que responderam as provas atendendo a um gabarito previamente elaborado, até a constatação de plágio de várias questões.
Membros da comissão informaram que, em um dos locais de prova, o Colégio Padre Pedro Barroso, foi onde uma pessoa foi vista preenchendo as respostas copiando de um gabarito.
Segundo um dos denunciantes, a banca que aplicou a prova, o Instituto Legatus, foi o mesmo responsável pelo teste seletivo da cidade de Monsenhor Gil, ocorrido há uma semana.
“16 questões de conhecimentos específicos foram exatamente iguais e o gabarito já circulava na cidade. Além disso 22 questões de matemática também eram iguais ao de um concurso anterior do Instituto Legatus”, informou um denunciante.
Outra estudante que também fez parte da comissão, Jéssica também denunciou o plágio. “Algumas pessoas que não estudaram e tiveram acesso a essa prova vão se beneficiar em cima da gente que passou 4 meses estudando e se dedicando. Foram 23 questões iguais a um concurso que aconteceu há 8 dias atrás” disse a estudante.
Para uma outra denunciante, provas de nível superior estavam marcadas. “As opções corretas estavam destacadas, com outro tipo de fonte, bem mais clara. Isso é desleal.” Finalizou.
Plágio
A questão do plágio em concursos públicos é bastante polêmica. Em muitos certames, o plágio tem sido motivo de anulação e até de anulação do próprio concurso. O Ministério Público de Santa Catarina, por exemplo pediu a anulação do concurso realizado em para a Prefeitura de Presidente Castelo Branco (SC) em 2018.
Já na cidade de Esperança (PB), no ano passado, a própria Prefeitura Municipal resolveu anular o concurso após verificar que a banca repetiu várias questões aplicadas em um concurso anterior.
As prefeituras não costumam anular certames por conta de plágios alegando que os contratos com as bancas não exigem que as questões sejam inéditas.
Fonte diferente
Além da questão do plágio, o que também chama a atenção nas denúncias apresentadas pela comissão que esteve no Ministério Público, é em relação à marcação de questões certas através de fontes diferentes, o que pode induzir que, quem tivesse esta informação previamente, estaria beneficiado, afastando a isonomia do certame.
O OUTRO LADO
A Prefeitura Municipal de Floriano publicou nota informando que, assim que tomou conhecimento das denúncias, o seu interesse é a lisura do concurso e que já solicitou explicações por parte do Instituto Legatus.
Da redação
IMAGEM: Tv Tropical