coscinegraO Núcleo Estudos e Pesquisas Afro (NEPA) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e também o Fórum de Promoção da Igualdade Racial realizaram de 20 a 23 de novembro, no campus Dra. Josefina Demes, em Floriano, a V Semana da Consciência Negra com o tema 130 anos de abolição? Olhares Contemporâneos Sobre o Racismo Estrutural.


Com uma programação voltada para as comunidades acadêmica e florianense, o evento teve enfoque na reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Segundo o professor e organizador do evento, Robison Pereira, a semana teve por objetivos realizar uma discussão sobre o processo de restruturação do Brasil e estudar as relações sociais. “Trouxemos vários pesquisadores que nos auxiliaram a refletir acerca da importância do negro na sociedade”, explicou.

O primeiro dia (20) foi marcado pela performasse de dança africana e indígena feita pelo curso de Educação Física e João Vitor do Curso de Geografia. Além disso, houve uma conferência de abertura idealizada pelo Prof. Dr. em História da UFPI (Universidade Federal do Piauí),Túlio Henrique Pereira. Ele destacou o quanto o racismo é presente na sociedade. As 150 pessoas presentes no local puderam acompanhar através de fotografias, um debate sobre africanidade e negritude.


Na quarta-feira (21), o destaque foi a mesa redonda ministrada pelos sacerdotes, Cícero Cordeiro, Assistente Social e Líder religioso; José Soares, Artesão e Líder da Casa São João Batista e a Prof. Elineusa Ramos, Fisioterapeuta, Secretária de cultura e membro do grupo Dandará. A palestra teve como tema: Os fios que tecem a memória, resistência e resiliência das religiões de matriz africana. Os palestrantes falaram sobre suas religiões e pregaram o respeito sobre as demais crenças oriundas da África.

As mesas do dia 22 tiveram enfoque nos saberes produzidos por discentes do campus e sobre a palestra da psicóloga Prof. Me. Flávia Regina Sousa e da Prof. Ma. Pedagoga Alba Patrícia Passos de Sousa, O ser Mulher Negra em uma sociedade machista e racista em pleno século XXI. A mesa mostrou os avanços e conquistas das mulheres brasileiras e também discutiu sobre a sociedade machista em pleno século XXI.


O último dia de evento (23) foi destinado a apresentação do movimento cultural Capoeira Beira Mar (Grupo de capoeira em Floriano), e a conferência de encerramento sobre a mudança significativa que haverá nas relações sociais. Durante todo o encontro, foi ofertado um mini curso que debateu a literatura infantil e juvenil africana bem como a realização de oficinas com as temáticas Estética Negra e Racismo na Redes Sociais.

 

Uespi