O ensino profissionalizante do Piauí vai ganhar um novo impulso a partir do início de 2014, com a entrada em funcionamento de oito novas escolas agrotécnicas construídas pelo Governo do Estado. Juntas, elas vão oferecer cerca de 6 mil vagas, dobrando a capacidade de atendimento atual.

Os investimentos na construção dos prédios somam cerca de R$12 milhões e as escolas que ainda não estão prontas se encontram em fase final de construção e aguardando a chegada dos equipamentos. O prazo para que todas estejam prontas é o final de novembro deste ano. Em Santa Cruz do Piauí, a Escola Agrotécnica Jandira Nunes Martins, já equipada, é um exemplo da nova fase do ensino técnico no Piauí. Construída numa área de 16 mil metros quadrados, a escola oferece, além das quatro salas de aula, laboratórios de informática, agroindústria e agropecuária e alojamentos. Conta ainda com biblioteca, quadra poliesportiva, pátio coberto, aviários e pocilgas.

Pela nova proposta do Governo do Estado para o ensino profissionalizante, as escolas que entrarão em funcionamento no início do ano letivo do próximo ano estão preparadas para abrigar até 80 alunos em regime de internato. A capacidade total é para cerca de 600 alunos e em sua construção foram investidos recursos no valor aproximado de R$2 milhões.

A escola de Santa Cruz do Piauí vai oferecer cursos de agropecuária, agroindústria, informática, zootecnia e administração, áreas identificadas como as mais promissoras da região.  Fronteiras, outra cidade piauiense que terá uma escola agrotécnica em 2014, vive momento de grande expectativa. Em fase de acabamento, a escola segue os moldes da unidade de Santa Cruz do Piauí.

- A escola agrotécnica é a maior e a mais importante obra do Governo Wilson Martins no município de Fronteiras e com certeza será uma referência na região em ensino técnico - reconhece o prefeito do município, Eudes Agripino Ribeiro.

Segundo ele, a escola vai garantir qualificação para uma grande quantidade de jovens que, por sua vez, passarão a ter melhores oportunidades no mercado de trabalho. Cita como exemplo o caso da fábrica de cimento que funciona no município, onde a maioria dos técnicos vieram de fora.

- Com a escola agrotécnica, essa situação vai mudar. Vamos formar nossos próprios técnicos e promover a geração de empregos - explica Eudes.  Em Guadalupe, onde o governo está concluindo outra escola agrotécnica, vai desaparecer um dos graves problemas do município: o êxodo de jovens para cidades distantes em busca de qualificação profissional.

- Hoje, diz o professor e gestor escolar Lindomar Cardoso, quem quer fazer um curso técnico tem que sair de Guadalupe e a cidade mais próxima é Floriano. O problema se agrava diante da situação financeira dos jovens, o que faz com que boa parte deles não tenha condição de procurar outros centros.

Outra grande escola técnica que entrará em funcionamento com o início do ano letivo de 2014, é o Centro Tecnológico de Pio IX, que será administrado pelo Instituto Federal de Educação do Piauí (IFPI). Na conclusão da obra, o governo está investindo cerca de R$957 mil.

- Muita gente teve que interromper os estudos à falta de oportunidade numa escola desse nível, mas agora a situação vai mudar - aposta a professora Eristânia Gonçalves, da Unidade Escolar José do Patrocínio.

- Estamos construindo escolas que terão um grande papel na construção do futuro de nossos adolescentes. Vamos oferecer cursos que garantam aos alunos a certeza do sucesso na profissão que escolherem - diz o governador Wilson Martins.

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