O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) vai investir R$ 3,7 milhões em lacres eletrônicos para os malotes em que as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão transportadas. O valor do contrato com a empresa RR Donnelley Editora e Gráfica foi publicado no "Diário Oficial da União" desta quarta-feira, 31. Os dispositivos eletrônicos registram o horário em que as provas são lacradas nos malotes na gráfica e, posteriormente, o horário que eles os malotes serão abertos no local de aplicação das provas. O objetivo do Ministério da Educação é coibir fraudes.
Segundo a assessoria de imprensa do Inep, os lacres estarão em 100 mil malotes de prova, um quarto do total. Ainda, de acordo com o governo, esta será uma forma de testar a ferramenta que é usada pela primeira vez. O aplicador não tem com saber se o seu malote está lacrado ou não.
O Enem será aplicado neste sábado, 3, e domingo, 4. Há mais de 5,7 milhões de candidatos inscritos. Desde que se tornou canal de acesso às universidades públicas há três anos, as edições do exame foram marcadas por problemas. Em 2009, o Enem precisou ser cancelado e em seguida reaplicado após vazamento de provas. Em 2010, houve falha na impressão de algumas provas e inversão dos gabaritos. Em 2011, alunos de um colégio particular de Fortaleza receberam questões da prova antes de outros candidatos e tiveram de refazer o exame. Mais tarde, identificou-se que as perguntas estavam em um pré-teste aplicado na escola anteriormente.