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Já pensou assistir a uma aula de um prêmio Nobel em Harvard ou a uma palestra na USP (Universidade de São Paulo) sem pagar nada e sentado no sofá deaulaonline3102012 casa? Com um computador e acesso à internet, pessoas do mundo todo estão se conectando a centenas de universidades que se disponibilizaram a filmar suas aulas e palestras e colocar na rede, para quem quiser ver. O assunto é relativamente novo, começou em 2011, com as maiores universidades dos Estados Unidos – Harvard e o MIT (Massachusetts Institute of Technology). Por lá, o sistema logo se espalhou e outras grandes instituições aderiram, como as universidades de Michigan, Princeton e Yale.

 

No Brasil, os cursos abertos (open course, em inglês) têm conquistado inúmeros adeptos, que agora têm a chance de assistir aulas traduzidas com professores renomados. Por aqui, as maiores plataformas são da USP e da FGV (Fundação Getúlio Vargas). As duas instituições disponibilizam conteúdos on-line, como aulas e palestras. É só fazer um cadastro gratuito e assistir, como se fosse um vídeo do You Tube.

 

Certificado

Mas de que adianta assistir um curso de uma universidade renomada se não vai ter o diploma? A principal vantagem, segundo especialistas da área, é que essas aulas dão oportunidade de vivenciar a experiência de estar em uma grande universidade e aprender o que todos os que estão aprendendo.

 

Carlos Augusto de Lima e Souza, fundador da Veduca, portal brasileiro que reúne mais de cinco mil vídeos, sendo que mais de 200 são traduzidos, diz que tudo é colaborativo e aberto ao público.

 

— Temos 13 universidades cadastradas na plataforma, com USP e Harvard, por exemplo. Nossos usuários são universitários, que muitas vezes querem entender mais sobre um tema que vai cair em uma prova, professores, que querem enriquecer as aulas, e profissionais formados, que procuram aulas que ajudem em seus trabalhos.

 

Nem todas dão certificado. No Brasil, segundo Stavros P. Xanthopoylos, vice presidente da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância), só a FGV oferece certificado dos cursos gratuitos.

 

— O objetivo é disseminar o conhecimento para quem quiser, é uma tendência global. O internauta recebe um certificado, que não é um diploma, mas pode ajudar a melhorar o currículo. As empresas já estão se acostumando a esse tipo de formação. Aos poucos as universidades vão começar a emitir o certificado.

 

Ajuda no currículo

Segundo os especialistas em recursos humanos, assistir aulas on-line de universidades renomadas ajudam a "engordar" o currículo. Mas, quem pensa que só estudar na internet resolve, uma pausa. Telma Guido, consultora em transição de carreira da empresa Right Management, diz que esses cursos não valem como comprovante de formação universitária na hora de disputar um emprego.

 

— Para um profissional de administração, por exemplo, vale assistir uma aula on-line sobre o tema em uma universidade de ponta, e colocar no currículo. Será um diferencial, mas não é isso que vai garantir a vaga.

 

De acordo com a especialista, outra vantagem é que participar desse tipo de atividade na internet mostra que o profissional está interessado em aprender.

 

— Isso é bem visto nas empresas, todos gostam de profissionais antenados. Mas é importante lembrar que só vale falar sobre o curso em uma entrevista de emprego se ele tiver relação com o trabalho.

 

R7