Após 78 dias de greve dos professores da rede estadual de ensino, o governador do Estado do Piauí, Wilson Martins, deverá enfrentar uma nova crise na educação. Dessa vez, os docentes da Universidade Estadual do Piauí estão prestes a deflagrar greve por tempo indeterminado, já que as negociações não avançam.
Segundo o professor doutor, Élio Ferreira, o reitor da instituição, Carlos Alberto, não negociou com a categoria e encaminhou o processo para os secretários de governo.
“Estivemos reunidos com ele uma única vez, quando nos disse que não poderia fazer nada por nós e que deveríamos procurar algum secretário para negociar diretamente com o governador. Então procuramos o secretário de governo, Wilson Brandão, que disse que não poderia fazer nada e nos orientou a conversar com secretário de administração, Paulo Ivan”, relatou o professor.
De acordo com a professora, Valéria Madeira, cinco reuniões foram realizadas com o secretário de administração, e até o momento eles não chegaram a um acordo.
“Precisamos encontrar alguém que tenha poder de persuasão com governador. Lembro que quando eu era reitora, o ex-governador, Wellington Dias, ouvia a secretária de administração da época, Regina Sousa, e até o momento nenhum secretário se disponibilizou para intermediar essa conversa. As negociações com o Paulo Ivan, não estão avançando”, disse a professora.
Secretaria de administração sobre o caso
O secretário de administração, Paulo Ivan, em entrevista afirmou que esteve reunido com os professores em três encontros e as negociações não avançaram porque a secretaria de fazenda está fazendo um levantamento para saber quanto podem dar de aumento salarial para os docentes e quanto esse reajuste vai afetar as finanças do estado.
“Antes de dar aumento é preciso avaliar quanto esse reajuste pode atingir e comprometer o orçamento estadual”, justificou.
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