O ministro da Educação, Aloizio Mercadante (foto), afirmou nessa segunda-feira, 23, que o governo federal pretende ampliar o programa Mulheres Mil para atender até cem mil mulheres em situação de vulnerabilidade social até 2014. O anúncio foi feito durante evento sobre o programa, na presença do governador-geral do Canadá, David Johnston, em BrasÃlia.
O programa, feito em cooperação com a Associação das Faculdades Comunitárias Canadenses, é voltado a mulheres adultas, em geral chefes de famÃlia, que tiveram que abandonar a escola. Ele pretende oferecer curso de educação de jovens e adultos (EJA) e cursos profissionalizantes para promover a inserção das mulheres no mercado de trabalho.
Entre 2008 e 2011, segundo Mercadante, 1.191 mulheres "tiveram a oportunidade de aprofundar sua formação e buscar empregabilidade e melhor inserção no mercado de trabalho para melhorar a renda de suas famÃlias". Atualmente, 10 mil mulheres participam do programa em mais de 100 institutos federais. Segundo Mercadante, a maioria vive no Nordeste, onde nasceu o Mulheres Mil.
Neste mês, segundo o MEC, o governo abriu edital para 10 mil vagas em mais 102 campi, além de 10 mil novas vagas nos campi que já aderiam ao programa. A metodologia do Mulheres Mil foi inspirada nas polÃticas de educação de populações vulneráveis desenvolvidas desde a década de 1960 pelas faculdades comunitárias canadenses, que atendem a população nativa do Canadá, imigrantes e deficientes.
O projeto elaborado com base na experiência canadense consiste na busca, ingresso e aconselhamento das mulheres, o reconhecimento de aprendizagem prévia das participantes, além da identificação de sua vocação, e a oferta de programas de formação e capacitação, além da criação de redes entre os institutos federais e empregadores da comunidade para a inserção das mulheres no mercado de trabalho local.
Segundo o governador-geral David Johnston, que atua como representante oficial da Rainha Elizabeth II no paÃs e está em visita ao Brasil até o próximo sábado, 28, as histórias das mil primeiras mulheres atendidas pelo programa são "os melhores frutos" da cooperação bilateral entre os paÃses. Ele elogiou o rumo que o projeto tomou, de "pensar grande, começar pequeno e se expandir", e afirmou que a educação, principalmente de mulheres chefes de famÃlia, é o caminho para combater a pobreza em todo o mundo.
G1