"Não podemos fazer um apartheid social", afirmou o reitor da Universidade Estadual do Piauí, Carlos Alberto Pereira, após audiência na Assembleia Legislativa, na qual os deputados criticaram a adesão da instituição ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Segundo o gestor, a adesão é uma decisão legítima, uma vez que foi votada pelo Conselho Universitário. "O Conselho tomou a decisão baseado nos dados do Sisu, que mostram que mais de 100 universidades públicas aderiram ao sistema e nenhuma delas voltou atrás. Agora vamos para a segunda fase, que é decidir sobre a formatação desta adesão", destacou Carlos Alberto, em entrevista na manhã desta quarta-feira, 28.
O reitor esclareceu que os alunos das escolas públicas do Piauí não ficarão em desvantagem junto aos alunos de outros Estados porque as cotas não serão modificadas. "Ainda irá haver 30% de vagas para estudantes de escolas públicas. Mas, essa crítica não tem fundamento porque sem a adesão ao sistema, quando as provas do Enem acabarem, a concorrência da Uespi também vai ser maior, já que todo mundo que não conseguiu no Enem, tentará na Uespi", considerou.
Carlos Alberto Pereira disse ainda que a adesão ao Enem é uma forma de democratizar o vestibular. "Não podemos fazer um apartheid social. Não podemos impedir que pessoas de outros Estados estudem aqui. O vestibular é para o povo brasileiro, não apenas para o Piauí", enfatizou.
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