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Segundo um levantamento feito pelo Grupo Dever de Classe, que faz parte da base do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte/PI), desde 2003 foram fechadas 300 escolas no Estado. O professor Landim Neto, membro do "Grupo Dever de Classe" frisou que foram fechadas 240 escolas na gestão do ex-governador Wellington Dias e outras 60 na administração de Wilson Martins. Isso, nos cálculos dele, prejudica mais de 100 mil alunos na capital e no interior, com o agravante de que boa parte dos alunos não migrou de escola, mas se evadiu do ensino escolar.

 

A rede estadual conta com cerca de 600 escolas funcionando, mas já foram 900 em 2003. O número de alunos matriculados também caiu. Mas são cerca de 400 mil alunos matriculados na rede pública estadual. O Estado tem uma folha da Educação de mais de 35 mil servidores entre professores e trabalhadores em Educação, sendo pouco mais de 25 mil professores.

 

Landim Neto explicou que a contagem de escolas não é por prédio, mas por turno de funcionamento. Uma única escola que tem três turnos, são contadas como três escolas, por exemplo. Ele disse que das escolas fechadas parcialmente ou integralmente, os alunos não mudaram para outra, boa parte deixou de ir para escola. O secretário estadual de Educação, Átila Lira, afirmou que a escola que teve algum turno extinto ou a própria escola fechada se deu porque não tinham um número satisfatório de matriculas. Então, a opção foi agregar os alunos em outras unidades escolares e remanejar também os professores.

 

O exemplo citado por ele, foi na escola Odilon Nunes, no bairro Cidade Nova, na zona Sul de Teresina, próxima ao estádio Albertão. "A escola mais próxima fica perto da Maternidade Dona Evangelina Rosa, no bairro Piçarra. Fica cerca de 4 quilômetros. Os alunos não foram para a outra escola e não tinha outra perto. Ficaram sem estudar.", comentou o professor. As escolas estão sendo fechadas, as salas fundidas e professores ameaçados de perder salários. "Esse tipo de medida favorece rede privada de ensino", diz o Grupo Dever de Classe no site da entidade, falando ainda em superlotação de turmas.

 

"O governo Wilson Martins e seu secretário Átila Lira, ambos do PSB, estão desmantelando o que resta de escola pública no Piauí. Depois de quase oito anos de governo petista, quando foram fechadas cerca de 240 escolas estaduais, o atual governador segue o mesmo projeto e também manda lacrar, total ou parcialmente, vários estabelecimentos de ensino.", completa a publicação.

 

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte/PI), Odeni Silva, a folha da Educação está inchada e por isso, o estado não teria condições de pagar o piso nacional dos professores estipulado em R$ 1.450,00. Os professores reclamam um piso de R$ 1.937,26. No Piauí, a categoria está  em greve até o Governo pagar o piso instituído pelo Governo Federal no valor de R$ 1.450. O Governo paga atualmente R$ 1.187,00 para a classe.

 


Diário do Povo