A Universidade Federal do Piauí (UFPI) realizou, na manhã da segunda-feira (29), o evento “PET-Saúde Equidade em Debate: atenção à pessoa com deficiência”, no Auditório Afonso Sena, do Centro de Ciências da Natureza (CCN), em Teresina. A atividade reuniu estudantes, profissionais de saúde, docentes da UFPI e pessoas interessadas na temática, promovendo mesas-redondas voltadas à discussão dos principais desafios enfrentados pela população com deficiência e à proposição de soluções para ampliar a acessibilidade e a inclusão no campo da saúde.
A mesa de abertura contou com a presença da presidente da Fundação Municipal de Saúde, Leopoldina Cipriano; da coordenadora de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI), Daniele Reis Monteiro; da professora do curso de Farmácia e tutora do PET-Saúde Equidade, Hilris Rocha; da coordenadora de Saúde, Esporte e Bem-Estar (COSEB/PRAEC), Mara Jordana; da professora Lucia da Silva Vilarindo, do Núcleo de Estudos em Saúde Pública (NESP/UFPI); e do presidente da Associação dos Cadeirantes do Município de Teresina (ASCAMTE), Osvaldo de Carvalho Santos.
Representando a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (PRAEC), a coordenadora da COSEB, Mara Jordana Magalhães, destacou a relevância de projetos de promoção da equidade e da inclusão na UFPI, ressaltando o papel da articulação com instituições parceiras externas. “Nós estamos sempre em busca de fomentar e apoiar essas discussões, agora de uma forma ainda maior, envolvendo toda a Universidade, o Estado e o município. Isso enriquece o debate e mostra que ninguém consegue realizar nada sozinho; é preciso trabalhar de forma multidisciplinar e interprofissional”, afirmou.
O tutor do PET-Saúde Equidade, professor Otacílio Batista de Souza Neto, ressaltou que o projeto busca sensibilizar futuros profissionais da saúde para as demandas das pessoas com deficiência, estimulando uma formação mais humanizada. “É importantíssimo, porque as graduações na área da saúde ainda são muito técnicas. Há dificuldade em sensibilizar os nossos alunos para questões humanas que ultrapassam os conhecimentos específicos da formação”, observou.
O PET-Saúde Equidade é um projeto de extensão que conta com 10 tutores da UFPI, 10 preceptores da SESAPI e a participação de 40 estudantes de graduação. Por meio de grupos de aprendizagem tutorial, alunos do Centro de Ciências da Saúde (CCS) desenvolvem práticas voltadas à promoção da equidade no exercício profissional. A iniciativa integra a 11ª edição do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), do Governo Federal, que neste ano aborda a equidade nos serviços de saúde, sobretudo no Sistema Único de Saúde (SUS), considerando diferenças de gênero, raça, etnia, identidade de gênero, sexualidade, deficiência e condições de vida.
Em sua fala, a presidente da Fundação Municipal de Saúde, Leopoldina Cipriano, reforçou o compromisso dos profissionais da saúde com o bem-estar da população. “Falar de inclusão, da pessoa com deficiência, de vida, é falar de saúde, de políticas, de equidade. É fundamental que nós, profissionais, reconheçamos nossa responsabilidade na melhoria da qualidade de vida. Por isso, é tão importante a participação da academia, especialmente dos alunos que estão aqui”, destacou.
O presidente da ASCAMTE, Osvaldo de Carvalho Santos, ressaltou que o PET-Saúde contribui diretamente para a construção de um atendimento mais humanizado. “Antes, havia um grande paradigma quando uma pessoa com deficiência buscava atendimento médico. Muitos alunos concluíam a graduação sem saber como atender esse público. Esse programa garante que eles saiam preparados para nos atender com qualidade”, afirmou.
Também participaram do evento o coordenador do Núcleo de Acessibilidade da UFPI, professor Fábio Passos; a conselheira municipal da Pessoa com Deficiência, Clara Linda Alencar; e a assessora técnica da Secretaria para Inclusão da Pessoa com Deficiência do Piauí (SEID), Camila Hannah Morais.
Ufpi