A Universidade Federal do Piauí (UFPI) realiza, no dia 26 de maio, a premiação da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP) da edição de 2024. A solenidade acontece no Cine Teatro, localizado no Espaço Rosa dos Ventos, a partir das 14h. O evento deve reunir estudantes premiados, familiares, professores, gestores escolares e representantes da comunidade acadêmica.

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Ao todo, os discentes piauienses conquistaram 22 medalhas em nível nacional, sendo 8 de ouro — 7 premiados são estudantes da rede estadual de ensino —, além de 3 pratas e 11 bronzes. Localmente, 67 medalhistas em nível local, sendo 20 ouros, 19 de prata e 28 de bronze. Na oportunidade, a aluna Kallyne Araujo Leal, estudante da Unidade Escolar Joaquim Borges de Oliveira em Santana do Piauí, será premiada por sua participação no Concurso de Ilustrações da OBFEP. A discente foi destaque nacional com a obra intitulada “Ação e Reação”, conquistando o primeiro lugar.

Após a entrega das medalhas, a programação da cerimônia inclui uma palestra com o Secretário de Inteligência Artificial, Economia Digital, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Piauí, André Macedo Santana, com o tema: "Ferramentas de Inteligência Artificial para Alunos do Ensino Médio”.

De acordo com o professor André Alves Lino, coordenador estadual da OBFEP/PI e docente do curso de Física da UFPI, o evento representa um incentivo à ciência e uma forma de valorizar o talento dos jovens piauienses, além de contribuir para aproximá-los do meio acadêmico.

"A Universidade tem essa proposta de promover a extensão e atrair pessoas de fora do ambiente acadêmico que, futuramente, podem integrá-lo. Por isso, é importante apresentar a esses estudantes — que, por enquanto, estão fora da UFPI — esse ambiente e despertar neles o interesse pela vida acadêmica", declarou.

Ele também destacou que a competição, voltada para as unidades escolares da rede pública, é uma ferramenta importante para democratizar o acesso dos estudantes ao conhecimento científico, além de aproximá-los do ambiente acadêmico.

“Quando se trata da OBFEP, ela reúne estudantes de todo o estado do Piauí, de todas as regiões — inclusive as mais distantes — e de forma totalmente gratuita. Todos participam com provas e kits experimentais, tudo isso patrocinado pelo CNPq. Portanto, realizar as Olimpíadas, especialmente aquelas direcionadas às escolas públicas, também tem como objetivo popularizar a ciência entre pessoas que, talvez, até então, não tivessem tido a oportunidade de ter esse tipo de contato com o meio acadêmico”, enfatizou.

Torneio de Física para Meninas (TFM)

Na ocasião, também serão entregues as medalhas do Torneio de Física para Meninas (TFM), referentes às edições de 2023 e 2024. A competição é voltada para estudantes do gênero feminino e tem como objetivo estimular a participação das meninas nas ciências exatas, especialmente no ensino médio, por meio de desafios teóricos e experimentais em equipe.

Para o professor André Lino, essa iniciativa é fundamental para ampliar a presença feminina nas áreas científicas. “O torneio foi criado justamente para promover e incentivar a participação das estudantes do gênero feminino. Se observarmos os cursos de Física, em especial, e das ciências exatas em geral, ainda há uma predominância masculina. Há mais estudantes do sexo masculino do que do feminino. Por isso, o TFM tem um papel importante em despertar o interesse das meninas pela ciência”, afirmou.

Inscrições abertas para a edição 2025

Atualmente, a OBFEP e a OBF estão com inscrições abertas até o dia 31 de maio para suas edições de 2025. A primeira fase está prevista para acontecer presencialmente no dia 12 de agosto. A expectativa é superar os números de 2024, que contou com 13 mil inscritos. Até o momento, a edição deste ano já registra mais de 20 mil alunos inscritos e 104 unidades de ensino participantes.

A Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP) é um programa permanente da Sociedade Brasileira de Física (SBF), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), voltado exclusivamente para alunos do Ensino Médio e do 9º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas. Criada como projeto piloto em 2010, tornou-se nacional a partir de 2012. A competição premia estudantes, professores e escolas. A participação ocorre por meio das escolas, que devem indicar um professor responsável por meio de credenciamento on-line.

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