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Você pode até não saber mas, desde 2012, com a Lei de Acesso à Informação (LAI), todo órgão público tem a obrigação de ceder ou facilitar o acesso às informações solicitadas pelos cidadãos, desde que elas não sejam sigilosas. A LAI tem como princípio básico promover a transparência na gestão pública, munindo os brasileiros com dados que auxiliam no combate à corrupção.

DE DADOS

Falecido no último domingo (12), Cláudio Weber Abramo foi pioneiro no jornalismo de dados no Brasil e exerceu papel fundamental para que a LAI fosse sancionada, criando projetos que pressionavam o governo a ser mais transparente. Abramo era vice-diretor da Transparência Brasil, entidade que tem como frente a luta anticorrupção.

“O papel do Cláudio era muito importante porque ele fazia essa ponte entre o dado bruto e o que é relevante. Ele criava ferramentas para que a gente conseguisse extrair valor das bases de dados”, comenta Daniel Bramatti, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

Mas o que são dados?

Imagine que você receba a função de organizar uma caixa com diferentes canetas. Provavelmente, você estabelecerá critérios: cor, tamanho, tipo de escrita, se funciona ou não e por ai vai. No final, terá diferentes dados e poderá montar, por exemplo, uma planilha com informações mais organizadas sobre a caixa de canetas.

Ou seja, “dados são formas da gente representar uma informação. Esses dados podem estar estruturados ou não. Estruturados eles estariam se estivessem em uma planilha que fosse fácil de se fazer contas e manipulá-los”, explica o programador Álvaro Justen, membro da Escola de Dados, que promove capacitações sobre o manuseio de dados.

Com a Lei de Acesso à Informação, os órgãos públicos devem disponibilizar dados abertos para a população que, a partir disso, poderá cumprir o seu papel democrático de fiscalização dos bens públicos. “Quando o cidadão consegue determinadas informações, ele pode verificar se está tudo dentro dos conformes e, eventualmente, criar denúncias”, diz Álvaro que, em conjunto com outros programadores, criou o Brasil.IO, um repositório de dados públicos disponibilizados em formato acessível para a população.

E onde entra o jornalismo? O jornalismo de dados usa como matéria-prima os dados, principalmente públicos, extraído de grande bases (big data) ou mesmo de documentos, organizando essas informações em infográficos, por exemplo, com o intuito de ampliar a transparência pública. Na prática, o jornalismo de dados atua como intermediário entre a sociedade e os dados difíceis de compreensão.

Em ano de pleito eleitoral, a discussão e fortalecimento do jornalismo de dados é ainda mais importante. “Eu acredito que a partir do momento em que se torna as contas públicas mais abertas, a própria sociedade consegue se apropriar do que é a vida pública”, avalia o jornalista Yuri Almeida, mestre em Comunicação e Cultura pela (UFBA) e fundador do LabCaos, plataforma que une jornalismo e dados. “Me parece que é uma grande caixa preta a conta pública. Muitas vezes, a sociedade não consegue compreender esses montantes, ai o jornalismo de dados com uma narrativa consegue traduzir o que são esses dados”, finaliza Yuri.

Roberto Paim – Ascom Educa Mais Brasil

Nesta terça-feira (14), a Prefeitura de Floriano, através da Secretaria Municipal de Educação, realiza a segunda fase da Prova Floriano, que tem como objetivo, acompanhar a evolução da qualidade de ensino no município. Participam da avaliação, 1788 alunos, divididos em 17 escolas municipais, sendo 12 na zona urbana e 5 na zona rural.

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Contendo assuntos relacionados as disciplinas de português e matemática, a prova é realizada em três etapas: no início do ano letivo, do segundo semestre e no final do ano. Além disso, a Prova Floriano também prepara os alunos para as provas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – Saeb.

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 O secretário da pasta, Joab Curvina e a coordenadora municipal de ensino da zona urbana, Reuzileide Matos visitaram algumas escolas que estão realizando a aplicação da prova, entre elas a Escola Municipal Padre Pedro Oliveira, no bairro Santa Rita e a Escola Municipal Padre Pedro Barroso, no bairro Alto da Cruz.

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Segundo o secretário, a média desta prova permite um acompanhamento mais preciso do desenvolvimento dos alunos e suas respectivas escolas, para diagnosticar possíveis soluções e desenvolver a qualidade do ensino que é ofertado.

Da redação

Diante do elevado número de desempregados do país, a falta de oportunidade atinge de forma desigual diferentes grupos sociais. Ter concluído o ensino superior é um grande diferencial. E, apesar do diploma não trazer a certeza da inserção no mercado de trabalho, ele coloca o trabalhador em uma posição de vantagem salarial.

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Segundo dados do estudo feito pelo pesquisador Sergio Firpo, professor do Insper - instituição de ensino superior e pesquisa, um trabalhador com diploma pode ganhar até 5,7 vezes mais do os profissionais com outros níveis de escolaridade. Essa diferença salarial é também consequência dos efeitos provocados pela crise econômica brasileira.

Os números que deram suporte ao estudo foram extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) e tiveram como base o rendimento mensal habitual do trabalho principal de brasileiros com mais de 14 anos. Hoje, um trabalhador que concluiu a faculdade recebe, em média, R$ 4 mil, enquanto um trabalhador com até um ano de estudo ganha, em média, R$ 850.  A diferença entre os dois rendimentos foi de 471% - maior do que no ano passado, quando a diferença foi de 443%.

Segundo afirmações de Sergio Firpo há uma piora nesse quadro, embora ela seja lenta. O especialista salientou que é importante lembrar que esse diferencial já foi maior, sobretudo nos 90 e no início dos anos 2000. Em 2012, esses números também eram negativos. Os mais escolarizados ganhavam em média quase 500% a mais que os que tinha até um ano de estudo.

O que piora ainda mais essas estatísticas é quantidade de pessoas que, por falta de opção, vivem na informalidade. Esse é caso de Elaine Silva, 36 anos, que só estudou até o ensino médio e foi demitida em janeiro do seu emprego como balconista, na empresa em que trabalhou por 12 anos. Elaine está há sete meses procurando por um emprego formal e, assim como Firpo, também acredita que a crise é o principal fator para essas demissões e para a dificuldade de recolocação no mercado de trabalho. 

Elaine estava conseguindo se manter por conta do seguro desemprego, mas esse é o último mês que terá direito ao benefício. Para ter como arcar com os seus gastos durante os próximos meses, decidiu partir para a informalidade. “Vou vender roupa infantil. Ainda não pude calcular quanto será a minha renda a partir de agora, mas eu recebia R$ 1.300 de seguro desemprego”, assegurou.

Andrey Oliveira, 22 anos, vive uma realidade diferente. Formando desde o início de 2018, o jornalista só levou dois meses para conseguir se inserir no mercado. Trabalhando há seis meses no atual emprego, está satisfeito por estar atuando em sua área. “Fico feliz que tenha dado certo. As coisas não estão fáceis, mas acredito que facilita para quem investe de verdade nos estudos”.

Pouca escolaridade X Maior Dificuldade

É fato que os candidatos menos escolarizados enfrentam um mercado mais restrito. Dados da última Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad) revelaram que, no primeiro trimestre deste ano, a ocupação para os trabalhadores sem instrução ou com menos de um ano de ensino recuou 19,9% na comparação com o mesmo período de 2017. Entre os brasileiros que concluíram o ensino médio, a ocupação cresceu 2% neste ano e, para os trabalhadores com ensino superior, o avanço foi de 5,3%. Os dados apresentados pela Pnad abrangem empregos formais e informais.

Embora, a realidade ainda seja preocupante, no primeiro semestre de 2018, o Brasil criou mais de 340 vagas formais de emprego, ou seja, vagas com carteira assinada. Esses dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) da base do Ministério do Trabalho e emprego (MTE). Entretanto, houve uma perda de postos de trabalho formais em todos os níveis de escolaridade abaixo do ensino médio, o que confirma novamente, que quanto menor a escolaridade maior a chance de ficar desempregado.

Fonte: Bárbara Maria – Ascom Educa Mais Brasil