A deputada estadual Teresa Britto (PV) disse, na sessão plenária desta quarta-feira (16), que os quatro cursos ministrados pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi) podem fechar no próximo ano caso o Governo do Estado não pague R$ 30 mil devidos à Comissão de Avaliação de Cursos. “A comissão já fez o relatório, mas não dará por concluso enquanto não receber. O prazo acaba dia 21. Só faltam quatro dias e se não pagar nenhum estudante será matriculado em 2020”, disse.
A oradora também criticou o decreto emitido pelo governador Wellington Dias criando a Comissão de Autonomia Administrativa e Financeira da Uespi porque ele é datado de 2 de outubro com validade retroativa a 19 de setembro, mas que nunca se reuniu e nem foi dada publicidade à existência da mesma, além de não participação de representantes dos campi do interior.
“Mesmo retroativo é um avanço, pois é um documento oficial e isso nos permite cobrar do governador o seu cumprimento. Vejo isso como um ganha tempo, mas vamos lutar para que a Uespi tenha os seus duodécimos em 2020 e possa se equilibrar para ser uma universidade melhor ou igual à Universidade de São Paulo, a Universidade de Campinas e a Universidade Estadual de São Paulo”, comparou.
A deputada disse que os problemas atuais da Uespi precisam ser sanados, como o pagamento dos terceirizados, a reforma dos banheiros e o repasse das verbas de custeio. “Com a autonomia financeira sendo inserida no Orçamento de 2020, os cursos podem melhorar e a universidade crescer muito, basta o governador ter boa vontade, pois não depende de novas leis, a autonomia já é garantida pela Constituição Federal.
Hospitais – Teresa Britto disse que na próxima semana a Comissão de Saúde, Educação e Cultura retoma as visitas aos hospitais do interior e encaminhará os 19 relatórios que já estão prontos às autoridades do Executivo e do Ministério Público.
“A Dra. Cláudia Seabra, do Ministério Público, pediu uma cópia. Nós vamos continuar a luta com as inspeções e requerimentos pedindo equipamentos, pagamento de salários atrasados, além das verbas de custeio. Aconteceram alguns avanços, como na compra de medicamentos para os hospitais”, disse.
A parlamentar acrescentou que o tratamento fora de domicílio não está acontecendo porque o Estado não paga as empresas aéreas. O paciente perde o agendamento e deixa de fazer os exames ou cirurgias. “E tudo isso porque o governo não repassa R$ 228 mil para concluir a central de transplantes do Hospital Getúlio Vargas, que poderia fazer transplantes de fígado e rins a um custo muito mais baixo”, encerrou.
Alepi