Praticamente mil professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), entre docentes visitantes e substitutos, tiveram os salários congelados por conta da decisão do governo do estado de bloquear os empenhos à universidade depois que o Congresso derrubou o veto da presidente Dilma Rousseff sobre a distribuição dos royalties do petróleo. O número foi calculado pela Associação de Docentes da Uerj (Asduerj). Segundo o órgão, apenas professores concursados receberam em dia.
A decisão afetou praticamente 4 mil pessoas, entre professores, alunos e técnicos administrativos. "São números astronômicos. Realmente os pagamentos estão retidos", lamentou o presidente da Asduerj, Guilherme Lúcio Abelha Mota, que vai reunir a diretoria na próxima quarta-feira, 13, para discutir o assunto. A uma semana do final do período, uma greve está praticamente descartada.
"Vamos pautar esse assunto numa assembléia extraordinária, mas espero que até lá a situação esteja resolvida. No momento, é difícil fazer uma paralisação", disse Guilherme.
Alunos protestam após corte
Os alunos bolsistas da Uerj também não receberam a ajuda de custo de R$ 400, que deveria ter sido depositada na sexta-feira, 8.
Na noite desta segunda-feira, 11, no décimo andar da universidade, os alunos vão se reunir para protestar contra a decisão. O encontro será às 19:00h e, de acordo com a mobilização que está sendo feita nas redes sociais, o debate será pacífico. "Nada de baderna ou parar o trânsito", escreveram os organizadores.
Em nota, no sábado, 9, a Uerj confirmou o corte dos pagamentos. "Desde 7 de março o sistema financeiro do estado do Rio de Janeiro está bloqueado por determinação do governador Sérgio Cabral. Os empenhos estão bloqueados. Como Reitor, estou agindo no sentido de minimizar danos, de modo que sejam os menores possíveis para a comunidade universitária", escreveu o reitor Ricardo Vieiralves.
G1 Rio