O MEC (Ministério da Educação) vai elaborar um estudo para avaliar a situação dos profissionais egressos das instituições federais, que se formaram nas primeiras turmas da expansão universitária promovida pelo governo federal. O secretário de Educação Superior, Amaro Lins, disse que não acredita que esses primeiros formados serão prejudicados pela falta de estrutura que enfrentaram ao longo do curso.
— Não são profissionais que precisam de recall.
Lins reconhece que as primeiras turmas enfrentaram maior dificuldade, mas defende o Reuni como um dos projetos "de maior sucesso da história da educação do País". Desde 2006, foram investidos mais de R$ 9 bilhões no programa. Quatorze novas universidades foram criadas, 126 câmpus construídos e 1.128 novos cursos abertos.
Lins afirma que, ao longo da história, "os pioneiros tiveram reconhecimento pelo que fizeram e enfrentaram dificuldades maiores por estarem inaugurando um processo". A mesma coisa, afirma, ocorreu com a expansão das universidade: alguns enfrentaram maiores dificuldades.
— Mas mesmo que tenhamos tido dificuldade com infraestrutura, a qualidade oferecida nos novos campi, por conta da tradição das universidades federais, é muito acima da média do que é oferecido no País.
Lins acredita que a estratégia do Reuni - expandir, mesmo antes de a infraestrutura estar pronta - foi acertada.
— Sete anos atrás a universidade brasileira estava completamente desprovida de infraestrutura. A verba de custeio não dava para pagar conta de energia. Não tinha pessoal, o quadro estava defasado. Hoje estaríamos pagando um preço alto se esses jovens não tivessem tido acesso à universidade.
Agência Estado