Os professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) decidiram em assembleia geral nesta quarta-feira, 13, que não irão iniciar o próximo período letivo (2012.2). A categoria irá deflagrar greve por tempo indeterminado a partir do dia 6 de agosto.
Os professores afirma que o Governo do Estado descumpriu o acordo feito em relação à reunião agendada para ontem, 12, e que teria sido desmarcada pela Secretaria de Administração poucas horas antes do horário. O responsável pela pasta, Paulo Ivan, teria telefonado para representantes da categoria e alegado que estava fazendo "estudos de impacto na folha" e que uma posição do governo só poderá ser apresentada na segunda-feira, 18.
De acordo com o professor Daniel Sólon, além de não iniciar o ano semestre letivo, os decentes ainda irão reter as cadernetas de notas de disciplinas do período 2012.1, para cobrar a retomada efetiva de negociação. “O governo teve tempo o suficiente para fazer todas as simulações possíveis”, declara.
Em audiência realizada no dia 29 de maio, o governador Wilson Martins (junto com membros da Secretaria de Administração) comprometeu-se a apresentar proposta salarial aos professores da UESPI no dia 12 de junho, pedindo assim uma "trégua" à greve docente iniciada no dia anterior.
Os manifestantes reivindicam um piso de R$ 2.324,00 (salário mínimo calculado pelo DIEESE) para o professor auxiliar 20h. Já o Governo do Estado propõe uma equiparação do piso do professor especialista 20h da UESPI (atualmente de R$ 1.071,00) ao pago pela Universidade Estadual do Ceará (atualmente de R$ 1.467,00).
ADCESP