O programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal, tem 14.676 bolsas disponíveis para quem quer estudar no exterior. Há vagas para diversos países e algumas delas já estão em processo seletivo.
Nessa quarta-feira, 4, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, lembrou que ainda está aberto o prazo de inscrição para graduação sanduíche, referente ao terceiro edital do programa. Os países envolvidos na atual seleção são Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Holanda e Portugal. As inscrições vão até 30 de abril.
Para concorrer, o candidato deve se inscrever no site do programa. É preciso estar matriculado em curso de nível superior nas áreas e temas do programa; ter nacionalidade brasileira; ter cursado no mínimo 20% e no máximo 90% do currículo previsto para seu curso, e se comprometer a permanecer no Brasil pelo dobro de tempo que ficar no exterior para a realização da graduação sanduíche.
É importante também observar os testes de proficiência exigidos em cada país. Segundo o ministro, a proficiência em inglês e outras línguas é um dos maiores desafios enfrentados pelos estudantes. Para resolver o problema, o Governo deve mobilizar universidades e institutos de ensino de línguas para aumentar a oferta de cursos.
- Todos que querem pleitear uma bolsa do programa precisam se empenhar no estudo de línguas estrangeiras. Queremos que os estudantes estejam garantidos nos testes de proficiência.
Ciência sem Fronteiras
O programa Ciência sem Fronteiras foi lançado em julho do ano passado e deverá conceder 100 mil bolsas de estudo até 2014, sendo 75 mil financiadas pelo governo e 25 mil ofertadas pela iniciativa privada. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no país, ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros.
O programa já distribuiu 3.697 bolsas para estudantes que já estão no exterior. Outros começam suas aulas no segundo semestre, quando a maior parte das universidades estrangeiras inicia o período letivo. Alemanha, Estados Unidos, França, Itália, Reino Unido e Canadá já começaram a receber os alunos.
O foco do Ciência sem Fronteiras são áreas como engenharias, física, química, computação, biotecnologia, energias renováveis, entre outras que demandam mão de obra altamente qualificada. O investimento do governo federal será de R$ 3,1 bilhões.
Das 75 mil bolsas, 27.100 serão para gradução; 24.600 para um ano de doutorado fora; 9.790 para doutorado integral de quatro anos; 8.900 para pós-doutorado de um a dois anos; 2.660 para pesquisas de seis meses; 700 para treinamento de especialistas já empregados por até um ano; 860 para jovens cientistas, por até três anos; e outras 390 para pesquisadores de fora virem ao Brasil.
Foram selecionadas as 50 melhores universidades nas áreas de engenharia e tecnologias e ciências da saúde, incluindo Harvard, Stanford, MIT, Columbia e Yale, nos Estados Unidos. Além de Cambridge, Oxford e Imperial College, no Reino Unido, entre outras.
A bolsa incluirá passagem aérea, bolsa mensal de US$ 870 (R$ 1.600), seguro-saúde, auxílio moradia, taxas de infraestrutura, além das mensalidades escolares. Para essas, que custam R$ 30 mil e R$ 50 mil por ano, o governo espera contar com a ajuda de empresas.
R7