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A mesa foi coordenada pela professora Márcia Astrês Fernandes, que destacou a relevância da integração entre graduação, pós-graduação e serviços de saúde no debate de questões importantes para a comunidade. “A metodologia adotada é uma ferramenta importante para oportunizar momentos ímpares de debates e discussões crítico-reflexivas, focadas nos cuidados e manejo das situações das pessoas em vulnerabilidade à dependência química”, destacou.

A psicóloga Elizandra Ferreira Pires de Carvalho, coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS Ad) de Teresina/PI, compartilhou sua trajetória profissional frente ao serviço e também no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), discutindo os riscos e prejuízos associados aos transtornos aditivos. “Os transtornos desencadeiam vários distúrbios emocionais. Por isso, é ainda mais importante que tenhamos como base o acolhimento humanizado, considerando todo o impacto que a adição às drogas causa no indivíduo, em relação à saúde, à vida pessoal, à integração social e profissional, entre outros aspectos”. A psicóloga Elizandra também mencionou experiências exitosas em grupos de saúde formados nos serviços do CAPS Ad e as estratégias de profissionalização oferecidas por entidades parceiras.

A enfermeira Marina Leite Guimarães, formada pela Universidade de Pernambuco (UFPE), compartilhou suas experiências profissionais nos serviços psiquiátricos de Recife e Olinda, no estado de Pernambuco, e atualmente no Consultório na Rua de Teresina-PI, relatando a evolução e os desafios enfrentados pelos serviços ao longo dos anos. “É essencial que compreendamos e saibamos trabalhar com a Política de Redução de Danos. Precisamos combater os estigmas e preconceitos que ainda cercam esse público e envidar nossos esforços para conhecer as necessidades físicas, biológicas, sociais, educacionais e de saúde das pessoas em situação de rua, para conseguirmos oferecer um conjunto de cuidados realmente eficaz.”

Durante as exposições, os estudantes de enfermagem participaram ativamente, compartilharam dúvidas, experiências e destacaram a relevância do evento. A graduanda Amanda Menezes, da disciplina Enfermagem em Saúde Mental, enfatizou a importância da divulgação dos serviços que assistem a esse público, muitas vezes negligenciado pela sociedade e pelo poder público, além de compreender a importância do atendimento humanizado. O mestrando Kayron Rodrigo também apontou a necessidade de mais parcerias entre a universidade e os serviços de atenção psicossocial, para que o ensino não se limite às paredes da universidade.

Por fim, a professora Márcia Astrês encerrou o evento ressaltando a necessidade de mais profissionais comprometidos com o trabalho humanizado, abordagens inovadoras, criatividade, empenho e amor pelo cuidado, principalmente com as populações mais vulneráveis.

Ufpi