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O cigarro é o vilão para diversos tipos de câncer, além de outras várias doenças pulmonares e cardiovasculares. E o tabagismo é uma das causas evitáveis de morte.

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Tenho me preocupado com o discurso falacioso, principalmente dos jovens, que migraram para o tal cigarro eletrônico que eles denominam como vape. Eles apregoam que é um ótimo substituto ao cigarro normal ou Narguilé por ser seguro. Em 10 anos, o número de usuários do vape, principalmente no público jovem, saltou para mais de 40 milhões segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O cigarro eletrônico atrai muitos jovens sob o discurso de ser “saudável”. Há milhares de sabores diferentes vaporizáveis. Exaltam até a questão tecnológica que encanta a muitos desavisados. Hoje pelo menos 10% dos jovens brasileiros acima de 15 anos de idade são fumantes. Muitos desses jovens acham que o vapor do cigarro eletrônico é inofensivo o que é bem tipico da ingenuidade dessa faixa etária manipulada por interesses inescrupulosos de mercenários.

Embora a ANVISA proiba a comercialização do cigarro eletrônico, muitos adolescentes conseguem importá-lo pela Internet ou compram até no mercado informal como em festas ou baladas. Alguns influenciadores digitais também prestam um desserviço na divulgação de noticias fakes sobre o cigarro eletrônico. O lobby de alguns maus empresários que compram até certos segmentos da imprensa para espalhar inverdades ou ocultar dados científicos das lesões é um crime contra a saúde pública.

O discurso é que a nicotina, principal componente psicoativo do cigarro e que causa dependência, não existe no cigarro eletrônico - o que não condiz com a realidade. Pelo contrário, a concentração de nicotina tem sido até maior do que a encontrada no cigarro normal. O cigarro eletrônico vem criando uma multidão de novos dependentes de nicotina com esse discurso falacioso. Além do mais, há uma série de substâncias tóxicas menos conhecidas como vanilina, álcool benzílico e benzaldeído que causam lesões orgânicas graves. O produto contido no vapor pode conter substâncias cancerígenas e metais pesados. Embora o nível de toxicidade em potencial seria menor, em relação ao cigarro convencional, tais danos são consideráveis tenham ou não nicotina no vapor.

Portanto, não acreditem em discursos vazios e sem embasamento científico de que o cigarro eletrônico não causa danos porque isso não é verdade. Espero que os pais fiquem atentos e vigilantes a esse novo risco porque a desinformação impera.

R7

Foto: Pixabay