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O aumento da sífilis nos últimos anos tem assustado os médicos. E um dos motivos é o não uso da camisinha.

sifilisMas você sabe o que é sífilis? É uma infecção bacteriana que pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto.

A bactéria que provoca a sífilis (Treponema pallidum) aparece nos exames a partir da segunda, terceira semana da contaminação. Esse teste pode ser feito na rede pública, é rápido e de graça. A doença tem cura, mas pode voltar.

“O teste é fácil de ser feito, está disponível na rede pública, é gratuito. A pessoa chega, se apresenta para a equipe de saúde e pede para fazer o teste”, explica o infectologista Paulo Abrão.


Fases da sífilis
A sífilis nem sempre tem sintoma. “A doença tem algumas fases e, mesmo durante as fases iniciais, onde os sintomas costumam ser mais proeminentes, uma parte dos pacientes pode não ter sintomas”, alerta o infectologista.

Segundo o Ministério da Saúde, os sinais e sintomas dependem do estágio da doença:

Primária: Nessa fase, pode aparecer uma ferida no local de entrada da bactéria (pênis, vagina, ânus, boca), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de caroços na virilha.

Secundária: sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. A pessoa pode ter febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.

Latente (fase assintomática): não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção). A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

Terciária: pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

A pessoa pode ter sífilis e não saber. Isso acontece porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo.

Sífilis congênita
A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal previne a sífilis congênita e é fundamental.

Quando a sífilis é diagnosticada na mulher grávida, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, com a penicilina benzatina. Esse é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão.

O recomendado é que a gestante faça o teste em três momentos da gravidez: no primeiro e terceiro trimestre de gestação e no momento do parto.

“A sífilis congênita pode trazer vários problemas para o bebê: neurológico, visual, anomalia na arcada dentária, anomalias nas articulações, na pele do bebê. São malformações que podem ser limitantes no ponto de vista de qualidade de vida e de desenvolvimento da criança. Além disso, são muitas vezes irreversíveis”, diz Abrão.

 

G1