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cigeletrUm estudo publicado no periódico científico New England Journal of Medicine na quarta-feira mostrou que os danos nos pulmões de algumas pessoas que adoeceram depois de usar cigarro eletrônico se assemelham a queimaduras químicas. Pesquisadores da Mayo Clinic encontraram sinais de danos semelhantes aos que ocorreriam após a exposição a produtos químicos tóxicos, gases ou outras substâncias.

“Todos os 17 casos mostram um padrão de lesão no pulmão que parece uma exposição química tóxica, uma exposição a fumaça química tóxica ou uma queimadura química “Para ser honesto, eles se parecem com o tipo de mudança que você esperaria ver em um trabalhador infeliz em um acidente industrial onde um grande barril de produtos químicos tóxicos derrama, e essa pessoa é exposta a vapores tóxicos e há queimadura química nas vias aéreas. ”disse Brandon T. Larsen, patologista cirúrgico da Clínica Mayo, ao jornal americano The New York Times. Ainda segundo Larsen, os ferimentos também parecem aqueles vistos em pessoas expostas a venenos como gás mostarda, uma arma química usada na Primeira Guerra Mundial.


As amostras analisadas vieram de 13 homens e quatro mulheres com idades entre 19 e 67 anos. Cerca de 70% usavam produtos de maconha ou óleo de cannabis no vaporizador. Até o momento, mais de 800 casos de doença pulmonar e 16 mortes foram associadas ao uso de cigarro eletrônico. A maioria vaporizou THC, o ingrediente psicoativo da maconha, mas alguns dizem que só ingeriram nicotina.
Os resultados não se aplicam necessariamente a todos os pacientes do surto, já que um estudo anterior mostrou diversos danos pulmonares associados ao uso de cigarro eletrônico. O estudo também não foi capaz de esclarecer a principal dúvida das autoridades de saúde: o que está causando o dano pulmonar ou quantas substâncias nocivas estão envolvidas.

Mas a descoberta é significativa, pois enfraquece a principal teoria sobre o que estaria causando a doença. A preocupação inicial se concentrou na possibilidade de os pulmões estarem entupidos por óleos vaporizados, como o próprio óleo de THC, ou o acetato de vitamina E, que às vezes é usados ​​para diluir ou “cortar” o THC. No entanto, os pesquisadores do novo estudo afirmam que não viram sinais de acúmulo de óleo no tecido pulmonar.

Também não se sabe se a fonte do problema são os líquidos que estão sendo vaporizados ou uma toxina liberada pelos materiais usados ​​para fabricar vaporizadores. Diante disso, vários estados americanos proibiram cigarros eletrônico com sabor e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) pede que as pessoas parem de usar vaporizadores e cigarro eletrônico até que seja determinado o que está causando o crescente número de doenças.

 

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Caroline Tompkins/The New York Times/Fotoarena