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preeclapsiaA pré-eclâmpsia é uma doença bem específica da gestação e dá sinais antes de ficar grave, por volta da 20ª semana de gravidez. Atualmente, também se considera pré-eclâmpsia quando, na ausência de proteinúria (perda de proteína pela urina) pode ocorrer a disfunção de alguns órgãos, podendo causar a diminuição das plaquetas, aumentando o risco de sangramento, disfunção hepática, insuficiência renal e inchaço agudo de pulmão.

A pré-eclâmpsia pode ter diversas apresentações clínicas e nem sempre o diagnóstico é simples, uma vez que a doença tem acometimento multissistêmico (pode gerar complicações em diferentes órgãos) e não temos como saber qual paciente vai abrir o quadro com qual dos sintomas. Pode ser que a pré-eclâmpsia comece com pressão muito alta, outras vezes começa com quadro de insuficiência renal, ou ainda com acometimento placentário (gera restrição do crescimento e risco de sofrimento fetal) e outras vezes com sintomas neurológicos. No caso da eclâmpsia, até 25% podem abrir o quadro com convulsão (ou seja, sem ter o diagnostico prévio de pressão alta ou pré-eclâmpsia).

 

A pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia, AVC hemorrágico, síndrome HELLP (uma complicação caracterizada por grave disfunção de órgãos), insuficiência renal, inchaço agudo de pulmão, e levar à morte.
SINTOMAS DA PRÉ-ECLÂMPSIA:

inchaço, principalmente na face e mãos, que pode surgir antes da hipertensão arterial;
aumento exagerado do peso (mais de 1Kg/semana, especialmente no terceiro trimestre);
dor de cabeça intensa;
dor no estômago/vômito ou dor no lado direito do abdome;
alterações visuais (ver pontos brilhantes ou apresentar perda de visão);
dificuldade para respirar.
O único tratamento efetivo da pré-eclâmpsia é o parto. No entanto, quando a doença ocorre antes das 37 semanas, ou ainda mais precoce, antes das 34 semanas de gravidez, é preciso dosar o risco benefício, para não comprometer a saúde da mãe e ao mesmo tempo garantir melhores condições de nascimento para o bebê. No manejo dos casos de pré-eclâmpsia, deve-se controlar a hipertensão e também vigiar muito de perto sinais e sintomas de gravidade.

O controle da pressão arterial é fundamental nos casos de hipertensão. Existem diversas medicações seguras e que podem ser usadas durante a gravidez. Diante de casos de hipertensão grave é preciso controle imediato, para evitar maiores complicações (como convulsões, derrame/AVC).

Nos casos graves e na eclâmpsia, o tratamento é com uma medicação chamada sulfato de magnésio. Não se deve usar anticonvulsivantes para o tratamento da eclâmpsia.

A doença regride com a retirada da placenta, lembrando que ainda pode ocorrer casos graves no pós-parto (em especial na primeira semana) e que mulheres que tiveram pré-eclâmpsia durante a gestação têm um risco aumentado de hipertensão, doença cardiovascular e renal, ao longo da vida e por isso merecem acompanhamento clínico.

 

Bem Estar

Foto: Reprodução/EPTV